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Foxconn fecha fábrica chinesa após briga que envolveu 2 mil

Operários se envolveram em um confronto no dormitório da empresa


	A Foxconn informou que os problemas começaram por uma disputa pessoal que desencadeou o confronto na unidade
 (Daniel Berehulak/Getty Images)

A Foxconn informou que os problemas começaram por uma disputa pessoal que desencadeou o confronto na unidade (Daniel Berehulak/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 10h24.

Taipe - A Foxconn, grupo que monta produtos como o iPhone para grandes companhias de tecnologia do mundo, fechou uma fábrica no norte da China nesta segunda-feira após cerca de 2 mil operários se envolverem em um confronto em um dormitório da empresa.

Ainda não está claro por quanto tempo a fábrica ficará fechada, enquanto autoridades investigam as causas dos distúrbios na unidade que emprega 79 mil funcionários na cidade de Taiyuan, no norte da China. A polícia e representantes da empresa estão investigando a causa do distúrbio.

"A fábrica será fechada hoje para investigações", disse o porta-voz da Foxconn Louis Woo à Reuters. Um empregado da companhia contatado por telefone disse que o fechamento pode durar de dois a três dias.

Imagens feitas do lado de fora do complexo fabril mostraram janelas quebradas e uma linha de caminhões militares verde oliva estacionados dentro da unidade.

A Foxconn informou que os problemas começaram por uma disputa pessoal que desencadeou o confronto na unidade. Mas algumas pessoas que publicaram mensagens na Internet disseram que guardas da fábrica espancaram trabalhadores e que isso causou a briga.

A agitação foi o mais recente episódio em uma série de incidentes em fábricas da Foxconn, nome comercial da Hon Hai Precision Industry e maior fabricante de produtos eletrônicos do mundo.

A companhia, que chama atenção por ser fornecedora e montadora de produtos Apple, a empresa enfrenta denúncias de condições precárias e maus tratos dos trabalhadores em suas instalações na China, onde emprega cerca de 1 milhão de trabalhadores.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, Foxconn disse que o incidente começou com o que definiu como uma disputa pessoal entre vários funcionários por volta de 23h do domingo em um dormitório e foi controlado pela polícia por volta de 3h.

Comentários publicados online, porém, sugerem que guardas da unidade podem ser a causa do tumulto.

Em uma mensagem publicada no site de microblogs Sina Weibo, o usuário "Jo-Liang" disse que quatro ou cinco seguranças espancaram um trabalhador quase até a morte dele.


Outro usuário, "Fan de Sa Hai", citou um amigo de Taiyuan que afirmou que guardas surraram dois trabalhadores da província de Henan e em resposta outros funcionários incendiaram camas e as atiraram para fora das janelas do dormitório.

Os relatos não puderam ser confirmados de forma independentes.

A agência oficial de notícias Xinhua citou uma autoridade do governo de Taiyuan que afirmaram que investigadores determinaram inicialmente que a briga começou com o confronto de trabalhadores da província de Shandong com funcionários de Henan.

A Xinhua informou que cerca de 5 mil policiais foram enviados para encerrar a violência.

A Foxconn citou que a polícia informou que 40 pessoas foram levadas para hospitais e que uma série delas foram presas. A Xinhua disse que três pessoas estão em estado grave.

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