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Ford retoma dividendos depois de cinco anos

A última vez que a companhia pagou dividendos trimestrais foi em setembro de 2006, quando a Ford estava em crise

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2011 às 19h54.

Detroit - A Ford Motor restabeleceu seus dividendos pela primeira vez em cinco anos nesta quinta-feira, com um pagamento de 0,05 dólar por ação, que a segunda maior montadora do mundo pretende manter mesmo durante em algum declínio futuro da atividade comercial.

Os dividendos serão entregues aos donos de ações ordinárias e preferenciais classe B em março, e custarão à Ford cerca de 190 milhões de dólares no primeiro trimestre.

Se for pago ao longo do ano, a Ford desembolsará 760 milhões de dólares em dividendos. A compannhia possuía cerca de 3,8 bilhões de ações em circulação.

A última vez que a companhia pagou dividendos trimestrais, também de 0,05 dólar, foi em setembro de 2006, quando a Ford estava em crise.

Naquele mesmo mês, o presidente do Conselho de Administração, Bill Ford, levou Alan Mulally como presidente-executivo da Ford para liderar uma reviravolta na companhia e impedir uma concordata.

"Comparado ao passado, nós reestruturamos a companhia substancialmente", afirmou o diretor financeiro Lewis Booth durante uma teleconferência.

A retomada da Ford levanta questões sobre o que a concorrente norte-americana General Motors vai fazer com sua gigantesca pilha de dinheiro, disse em relatório o analista Itay Michaeli, do Citigroup.


A GM, que recebeu um plano de resgate federal e retornou ao mercado de capitais em novembro de 2010, encerrou o terceiro trimestre com 33 bilhões de dólares em caixa.

A decisão da Ford em reativar os dividendos acontece em um momento em que a indústria automotiva europeia sofre desacelearação que prejudica as margens de lucros. No terceiro trimestre, a Ford perdeu 306 milhões de dólares na Europa e a GM também está sofrendo.

No entanto, a Ford acredita que é forte o suficiente para restaurar os dividendos.

"Nós fizemos testes de estresse, olhando para cenários diferentes na Europa e nos sentimos confortáveis em uma base mundial de que podemos recomeçar os dividendos", disse Booth a repórteres.

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