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Ford estaria usando blindagem militar para proteger lucros

A fabricante pediu emprestado à Alcoa um pouco de seu metal de nível militar para o lançamento da picape F-150 de alumínio no salão de Detroit em 2014

Ford F-150 2013: a empresa está ansiosa por demonstrar a resistência do alumínio, que é mais leve que o aço (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2013 às 11h29.

Michigan - Existem as latinhas de cerveja e também existem os Humvees. A Ford Motor Co. vai se esforçar para mostrar que sua nova picape F-150 de alumínio tem mais em comum com os veículos de combate.

A Ford lançará sua Série F alumínio -- a esperada e arriscada reformulação da picape mais vendida da história -- no salão do automóvel de Detroit, no mês que vem, segundo fontes familiarizadas com os planos da Ford.

A fabricante pediu emprestado à Alcoa Inc., que produz blindagem de alumínio contra explosões para veículos de guerra, um pouco de seu metal de nível militar para o lançamento da Ford, disse uma dessas fontes, que pediu para não ser identificada porque os planos são secretos.

O trabalho de venda da Ford será considerável: a empresa está ansiosa por demonstrar a resistência do alumínio, que é mais leve que o aço, aos compradores de picapes que fizeram da F-150 a base de seu negócio.

Qualquer tropeço prejudicaria os lucros que a Ford já prevê que cairão no ano que vem e aumentaria os desafios enfrentados por Mark Fields, provável próximo CEO da empresa.

No salão de Detroit do ano passado, ele prometeu que a Ford tiraria até 340 quilos de sua próxima geração de caminhonetes para atender regulações de economia de combustível mais restritas.


“Esta já é a estreia mais significativa do salão do automóvel”, disse Joe Langley, analista de produção da empresa de pesquisas IHS Automotive, em entrevista por telefone. “Todo mundo dissecará essa coisa por muito tempo, especialmente com a Ford fazendo uma aposta tão grande”.

O novo F-150 representa uma profunda releitura de um dos pilares da Ford e da fabricação americana de carros desde que a empresa com sede em Dearborn, Michigan, começou a construir as caminhonetes Série F no final dos anos 1940. Em janeiro de 2014, essa linha de picapes se tornará a mais vendida dos EUA por 37 anos e seu veículo mais vendido por um período de 32 anos.

O lançamento provavelmente não será fácil. Especialistas em fabricação e defensores da indústria siderúrgica dizem que a mudança para o alumínio exigirá mudanças fundamentais em como as carrocerias de caminhões Ford continuam seu caminho na linha de montagem.

Eficiência de combustível

O uso de alumínio para reduzir o peso ajudaria a atender os crescentes padrões de economia de combustível dos EUA, que está exigindo em toda a frota uma média de 87,2 quilômetros por galão (3,78 litros) até 2025. Os mercados externos estão introduzindo exigências similares, incluindo o Oriente Médio, onde as vendas de caminhonetes Série F dobraram desde o ano passado.

A segunda maior fabricante de veículos dos EUA começou a construir protótipos do modelo que estreará em Detroit, segundo duas fontes familiares ao assunto. A IHS Automotive estima que a caminhonete começará a ser vendida no segundo semestre do ano que vem.


A próxima geração F-150 oferecerá um novo motor EcoBoost de 2,7 litros, parte de uma família de trens de força aos quais a Ford deu o codinome Nano, disseram duas fontes. O menor motor disponível no modelo de picape em circulação é um EcoBoost de 3,5 litros.

“Nós achamos que a Série F irá, efetivamente, reescrever os padrões de competitividade do mercado de caminhonetes full-size”, disse Eric Noble, chefe da empresa de consultoria de veículos The Car Lab, em Orange, Califórnia, por telefone.

‘Produto-chave’

O processo de construção dos F-150 usando uma porção substancialmente maior de materiais leves será mais difícil por causa da escala de sua linha de caminhões. A Ford está prestes a vender mais de 750.000 picapes Série F nos EUA neste ano. A empresa entregou 175.490 Explorers, incluindo versões para a polícia, até novembro.

“A F-150 é um produto-chave e algumas das mudanças que eles estão realizando desta vez realmente elevam os riscos de fazer isso dar certo”, disse Warren Gibbon, gerente de fundos da Standard Life Investments, que supervisiona US$ 290,8 bilhões, incluindo ações da Ford e da GM. “Eles devem conseguir ser bem-sucedidos”.

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A Ford lançará sua Série F alumínio -- a esperada e arriscada reformulação da picape mais vendida da história -- no salão do automóvel de Detroit, no mês que vem, segundo fontes familiarizadas com os planos da Ford.

A fabricante pediu emprestado à Alcoa Inc., que produz blindagem de alumínio contra explosões para veículos de guerra, um pouco de seu metal de nível militar para o lançamento da Ford, disse uma dessas fontes, que pediu para não ser identificada porque os planos são secretos.

O trabalho de venda da Ford será considerável: a empresa está ansiosa por demonstrar a resistência do alumínio, que é mais leve que o aço, aos compradores de picapes que fizeram da F-150 a base de seu negócio.

Qualquer tropeço prejudicaria os lucros que a Ford já prevê que cairão no ano que vem e aumentaria os desafios enfrentados por Mark Fields, provável próximo CEO da empresa.

No salão de Detroit do ano passado, ele prometeu que a Ford tiraria até 340 quilos de sua próxima geração de caminhonetes para atender regulações de economia de combustível mais restritas.


“Esta já é a estreia mais significativa do salão do automóvel”, disse Joe Langley, analista de produção da empresa de pesquisas IHS Automotive, em entrevista por telefone. “Todo mundo dissecará essa coisa por muito tempo, especialmente com a Ford fazendo uma aposta tão grande”.

O novo F-150 representa uma profunda releitura de um dos pilares da Ford e da fabricação americana de carros desde que a empresa com sede em Dearborn, Michigan, começou a construir as caminhonetes Série F no final dos anos 1940. Em janeiro de 2014, essa linha de picapes se tornará a mais vendida dos EUA por 37 anos e seu veículo mais vendido por um período de 32 anos.

O lançamento provavelmente não será fácil. Especialistas em fabricação e defensores da indústria siderúrgica dizem que a mudança para o alumínio exigirá mudanças fundamentais em como as carrocerias de caminhões Ford continuam seu caminho na linha de montagem.

Eficiência de combustível

O uso de alumínio para reduzir o peso ajudaria a atender os crescentes padrões de economia de combustível dos EUA, que está exigindo em toda a frota uma média de 87,2 quilômetros por galão (3,78 litros) até 2025. Os mercados externos estão introduzindo exigências similares, incluindo o Oriente Médio, onde as vendas de caminhonetes Série F dobraram desde o ano passado.

A segunda maior fabricante de veículos dos EUA começou a construir protótipos do modelo que estreará em Detroit, segundo duas fontes familiares ao assunto. A IHS Automotive estima que a caminhonete começará a ser vendida no segundo semestre do ano que vem.


A próxima geração F-150 oferecerá um novo motor EcoBoost de 2,7 litros, parte de uma família de trens de força aos quais a Ford deu o codinome Nano, disseram duas fontes. O menor motor disponível no modelo de picape em circulação é um EcoBoost de 3,5 litros.

“Nós achamos que a Série F irá, efetivamente, reescrever os padrões de competitividade do mercado de caminhonetes full-size”, disse Eric Noble, chefe da empresa de consultoria de veículos The Car Lab, em Orange, Califórnia, por telefone.

‘Produto-chave’

O processo de construção dos F-150 usando uma porção substancialmente maior de materiais leves será mais difícil por causa da escala de sua linha de caminhões. A Ford está prestes a vender mais de 750.000 picapes Série F nos EUA neste ano. A empresa entregou 175.490 Explorers, incluindo versões para a polícia, até novembro.

“A F-150 é um produto-chave e algumas das mudanças que eles estão realizando desta vez realmente elevam os riscos de fazer isso dar certo”, disse Warren Gibbon, gerente de fundos da Standard Life Investments, que supervisiona US$ 290,8 bilhões, incluindo ações da Ford e da GM. “Eles devem conseguir ser bem-sucedidos”.

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