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Fim do bufê por quilo? Viena vende comida congelada em mercados

Com a pandemia do novo coronavírus, o tradicional bufê não deve voltar tão cedo e a marca se voltou ao delivery e ao varejo

Prato do restaurante Viena que será vendido congelado em mercados Sam's Club (Viena/Divulgação)

Prato do restaurante Viena que será vendido congelado em mercados Sam's Club (Viena/Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 20 de junho de 2020 às 08h00.

Última atualização em 20 de junho de 2020 às 09h51.

A rede de restaurantes Viena, focada em servir refeições em bufês por quilo, precisou se reinventar na pandemia do novo coronavírus. Depois de fechar todos os restaurantes para o público e entrar para o delivery, começou a vender refeições congeladas em supermercados da rede Sam's Club. Além disso, não espera retornar ao seu negócio original, de bufê, pelo menos até o fim do ano.

Com a pandemia do novo coronavírus, a rede chegou a fechar todas suas 35 unidades, entre os restaurantes de bufê, quiosques de lanches e lojas da marca Delish, voltada para atendimento em hospitais. 

O bufê não deve voltar tão cedo - a comida exposta e o compartilhamento de talheres para se servir não fazem sentido no meio da pandemia. "Até pensamos em um modelo intermediário, em que alguém serviria os clientes. Mas o modelo é estranho, ficaria parecendo refeitório e poderia intimidar os consumidores", diz Andrea Piccinato, diretora de operações do Viena.

A empresa precisou se reinventar. Passou a atuar pelo delivery, por meio de uma parceria com o Ifood, com pratos montados. Hoje nove operações em shoppings center estão voltadas à preparação de pedido para delivery ou comida para viagem. Além dos pratos, a rede também oferece um kit de happy hour, com seus conhecidos salgadinhos. 

A novidade mais recente é a linha de alimentos congelados, que chega aos supermercados Sam's Club, do Grupo Big (ex-Walmart). São seis pratos, como picadinho de carne, estrogonofe de frango e ravioli de queijo, vendidos a R$ 19,90. Os pratos congelados são feitos a partir da cozinha central do Viena, que também fornece os salgadinhos e outros itens para os restaurantes. 

Piccinato lamenta o fim provisório do bufê, que trazia um tíquete médio e margens maiores à companhia. "Você come com os olhos. Quando vê o bufê com mais de 20 opções, acaba até comendo mais", diz. "Mas entendemos que o delivery e a venda para o varejo são modelos que ajudam a empresa a retomar o equilíbrio financeiro." 

A rede Viena faz parte do grupo IMC, que também detém a marca Frango Assado e outras menores, como Olive Garden e Margaritaville no Brasil. Ano passado, o grupo firmou uma fusão com a MultiQRS, que detém as operações das redes de fast food Pizza Hut, KFC e Taco Bell no Brasil e pertence à família Wizard Martins.

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