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Filial da Ambev deixa Venezuela por queda nas vendas

Baixa nas vendas impediu empresa de realizar investimentos


	AmBev: empresa entrou na Venezuela em 1995 com a compra da Cervecera Nacional.
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AmBev: empresa entrou na Venezuela em 1995 com a compra da Cervecera Nacional. (Arquivo)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 19h21.

Caracas - A filial venezuelana da Ambev, a maior fabricante de bebidas latino-americana, deixará o país após um prolongado período de queda em suas vendas que a impediu de realizar investimentos, informou a empresa nesta quarta-feira em um comunicado.

"A Brahma de Venezuela (...) informa que na última segunda-feira, 18 de março de 2013, deu início ao processo para o fim de suas operações na Venezuela, posto que a empresa se encontra em uma situação que a torna definitivamente inviável e não tem outra alternativa", detalhou a empresa no documento.

A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), criada a partir da fusão das duas maiores cervejarias brasileiras e que tem presença em 14 países na região, entrou na Venezuela em 1995 com a compra da Cervecera Nacional.

A Ambev faz parte da Anheuser-Busch InBev, a maior cervejaria do mundo.

"Chegamos aqui depois de uma prolongada e sustentada queda nas vendas de nossos produtos, o que nos impediu nos últimos anos de realizar investimentos necessários em nossa unidade de Barquisimeto", acrescentou o documento, que também menciona a alta nos custos operacionais e um ambiente "extremamente complexo".

Em um comunicado enviado previamente para os trabalhadores, a empresa detalhou que em sete anos sua participação no mercado local passou de 9 por cento para 0,9 por cento.

A empresa explicou que a falta de investimentos afetou o estado das instalações, máquinas e equipe da sua fábrica na Venezuela.

No meio do ano passado, a Ambev vendeu a marca Zulia para a venezuelana Cervecería Regional, que produzia e comercializava junto a Brahma.

A empresa informou que irá cumprir todos os requisitos da lei para executar sua saída "especialmente e em primeiro lugar aos que se referem aos direitos trabalhistas".

Não foi informado se a marca Brahma será vendida na Venezuela.

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