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Filho de Mourão é indicado gerente executivo de marketing do BB

Rossell Mourão passou da área de agronegócio a assessor especial da presidência e agora pode ser gerente de comunicação do banco; salário é de R$ 36 mil

Mourão: filho do vice-presidente está no Banco do Brasil há 18 anos (Luisa Gonzalez/Reuters)

Mourão: filho do vice-presidente está no Banco do Brasil há 18 anos (Luisa Gonzalez/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de julho de 2019 às 18h08.

Última atualização em 2 de julho de 2019 às 09h20.

Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, foi indicado gerente executivo de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil pelo presidente da instituição, Rubem Novaes. A indicação está sendo analisada neste momento pelo Conselho Diretor, formado por Novaes e pelos nove vice-presidentes do banco. Rossel Mourão deve manter o salário atual, de R$ 36,3 mil.

Antes assessor empresarial da área de agronegócios do Banco do Brasil, Rossell Mourão foi promovido em janeiro a assessor especial da presidência do banco. Com a mudança de cargo, seu salário triplicou. A renda do posto anterior girava entre R$ 12 mil e R$ 14 mil. Ele está no BB há 18 anos.

No final daquele mês, a Comissão de Ética Pública da Presidência rejeitou a abertura de um procedimento para analisar a nomeação do filho do vice-presidente. O Estadão/Broadcast procurou novamente o órgão nesta segunda-feira, 1º, para saber se pretende abrir um procedimento para analisar a nova mudança, mas ainda não obteve resposta.

Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo em janeiro, o vice-presidente da República disse que, se pudesse, levaria o filho para trabalhar ao seu lado no Palácio do Planalto. A promoção de Antonio Hamilton causou polêmica no governo à época. "Eu não tive nada a ver com isso, o presidente do banco (Rubem Novaes) o convidou para ser assessor. Aí, é óbvio que lá dentro o sindicalismo bancário se revolta. São coisas da vida", afirmou Mourão.

Questionado se a situação causava algum tipo de constrangimento, o general respondeu: "Para mim, não. Não é por ser meu filho, mas ele é um profissional extremamente qualificado. Se eu pudesse, o teria aqui na minha equipe". Procurado nesta segunda-feira, o gabinete do vice-presidente não havia se pronunciado até a publicação deste texto.

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