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Fibria vê oferta e demanda de celulose em equilíbrio

Empresa minimizou resultado fraco no trimestre e ainda avalia um possível ajuste nos preços

Fábrica da Fibria: maior produtora mundial de celulose (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de julho de 2011 às 13h17.

São Paulo - Após a divulgação de fracos resultados para o segundo trimestre, a Fibria está avaliando as condições do mercado de celulose para definir o rumo no preço do insumo a partir de agosto.

Para o presidente da maior produtora mundial de celulose, Marcelo Castelli, a demanda e a oferta do insumo estão bastante equilibradas.

"Estamos passando por uma sazonalidade. Temos um ajuste normal de preços nesse período", disse, referindo-se à queda dos valores da celulose em julho.

"Os fundamentos do mercado estão adequados... Qualquer ajuste no curto prazo seria tático", disse Castelli em teleconferência com jornalistas nesta quarta-feira.

A Fibria teve lucro de 215 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 66 por cento sobre igual período do ano passado. Contudo, em relação ao trimestre anterior houve queda de 45 por cento.

A queda contra janeiro a março deste ano, segundo a Fibria, ocorreu principalmente pelo ganho de capital verificado na venda do Conpacel e KSR e a menor receita líquida em virtude do preço médio inferior em reais. Na comparação anual, o aumento foi consequência da melhora do resultado financeiro.

Analistas consultados pela Reuters previam, em média, lucro de abril a junho de 236,6 milhões de reais.

O Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização-- totalizou 490 milhões de reais no segundo trimestre, 27 por cento menor contra um ano antes.

Em 1o de julho, a Fibria reduziu seus preços de celulose em 30 dólares por tonelada para América do Norte e Europa e 50 dólares por tonelada para a Ásia.

Castelli, que assumiu o comando da empresa no início de julho, lembrou que algumas empresas produtoras de fibra longa já anunciaram reajustes de preços a partir de agosto, mas que isso não significa que o mesmo irá acontecer com as produtoras de fibra curta, como a Fibria.

"O gap entre fibra longa e curta está acima do patamar histórico", destacou Castelli.

A celulose de fibra longa, produzida a partir de pinus, historicamente possui preços por tonelada superior à fibra curta, que no Brasil é produzida a partir do eucalipto.

FÁBRICA DE PAPEL E DÍVIDA Além dos resultados do segundo trimestre de 2011, a Fibria anunciou que recebeu ofertas por sua fábrica de papel em Piracicaba, interior de São Paulo, e que avaliará as propostas para venda da unidade em 15 dias.

"Estamos na reta final e estaremos deliberando o mais rápido possível, é uma questão de tempo e um tempo relativamente curto", disse Castelli, sem dar mais detalhes.

A unidade de Piracicaba da Fibria é o último ativo de papel da companhia, que reafirmou sua estratégia de se focar apenas em celulose de mercado.

A Fibria terminou junho com dívida líquida de 7,95 bilhões de reais, queda de 27 por cento em 12 meses e estável em relação ao primeiro trimestre.

Sobre a ampliação da unidade de Três Lagoas (MS), o presidente da Fibria lembrou que a companhia tem que tomar decisões sobre a compra de equipamentos em 2012, com o objetivo de iniciar as operações em 2014.

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São Paulo - Após a divulgação de fracos resultados para o segundo trimestre, a Fibria está avaliando as condições do mercado de celulose para definir o rumo no preço do insumo a partir de agosto.

Para o presidente da maior produtora mundial de celulose, Marcelo Castelli, a demanda e a oferta do insumo estão bastante equilibradas.

"Estamos passando por uma sazonalidade. Temos um ajuste normal de preços nesse período", disse, referindo-se à queda dos valores da celulose em julho.

"Os fundamentos do mercado estão adequados... Qualquer ajuste no curto prazo seria tático", disse Castelli em teleconferência com jornalistas nesta quarta-feira.

A Fibria teve lucro de 215 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 66 por cento sobre igual período do ano passado. Contudo, em relação ao trimestre anterior houve queda de 45 por cento.

A queda contra janeiro a março deste ano, segundo a Fibria, ocorreu principalmente pelo ganho de capital verificado na venda do Conpacel e KSR e a menor receita líquida em virtude do preço médio inferior em reais. Na comparação anual, o aumento foi consequência da melhora do resultado financeiro.

Analistas consultados pela Reuters previam, em média, lucro de abril a junho de 236,6 milhões de reais.

O Ebitda --sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização-- totalizou 490 milhões de reais no segundo trimestre, 27 por cento menor contra um ano antes.

Em 1o de julho, a Fibria reduziu seus preços de celulose em 30 dólares por tonelada para América do Norte e Europa e 50 dólares por tonelada para a Ásia.

Castelli, que assumiu o comando da empresa no início de julho, lembrou que algumas empresas produtoras de fibra longa já anunciaram reajustes de preços a partir de agosto, mas que isso não significa que o mesmo irá acontecer com as produtoras de fibra curta, como a Fibria.

"O gap entre fibra longa e curta está acima do patamar histórico", destacou Castelli.

A celulose de fibra longa, produzida a partir de pinus, historicamente possui preços por tonelada superior à fibra curta, que no Brasil é produzida a partir do eucalipto.

FÁBRICA DE PAPEL E DÍVIDA Além dos resultados do segundo trimestre de 2011, a Fibria anunciou que recebeu ofertas por sua fábrica de papel em Piracicaba, interior de São Paulo, e que avaliará as propostas para venda da unidade em 15 dias.

"Estamos na reta final e estaremos deliberando o mais rápido possível, é uma questão de tempo e um tempo relativamente curto", disse Castelli, sem dar mais detalhes.

A unidade de Piracicaba da Fibria é o último ativo de papel da companhia, que reafirmou sua estratégia de se focar apenas em celulose de mercado.

A Fibria terminou junho com dívida líquida de 7,95 bilhões de reais, queda de 27 por cento em 12 meses e estável em relação ao primeiro trimestre.

Sobre a ampliação da unidade de Três Lagoas (MS), o presidente da Fibria lembrou que a companhia tem que tomar decisões sobre a compra de equipamentos em 2012, com o objetivo de iniciar as operações em 2014.

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