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Fatia da Telecom Italia na Brasil Telecom é vendida por US$ 515 milhões

Fundos de pensão Previ, Petros e Funcef adquiriram a participação dos italianos na Solpart, que detém 51% da operadora brasileira

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef pagarão 515 milhões de dólares pela participação de 38% que a Telecom Italia possuía na Solpart, empresa que controlada indiretamente a operadora brasileira de telefonia Brasil Telecom. A notícia foi antecipada nesta quarta-feira (18/7) por EXAME.

A fatia dos italianos na Solpart era administrada pela Brasilco, trust sob responsabilidade do banco de investimentos Credit Suisse. O outro sócio da Telecom Italia na Solpart é a Techold Participações, com uma fatia de 62%. Essa empresa é controlada pela Invitel, sociedade composta pela Zain Participações, Previ e Fundo 14 de Previdência.

De acordo com o comunicado divulgado pela Telecom Italia nesta quinta-feira (19/7), o acordo "encerra as controvérsias que caracterizaram o investimento na Brasil Telecom e permitirão concentrar os esforços [da Telecom Italia] no reforço da presença no país, por meio da TIM Brasil". Entre os benefícios da operação, está uma redução estimada de 354 milhões de euros no endividamento da Telecom Italia. O impacto sobre o lucro líquido do grupo deverá ser de 195 milhões de euros. A conclusão da venda ainda depende de aprovação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

De acordo com os especialistas, a saída dos italianos intensificará as negociações para a fusão da Brasil Telecom com a Oi (ex-Telemar). Para viabilizá-la, porém, é necessário mudar a legislação brasileira para o setor. A proposta conta com a simpatia do governo federal, que vê com bons olhos o surgimento de uma grande companhia nacional de telefonia.

A Brasil Telecom mantém serviços de telefonia fixa nas regiões Sul, Centro-Oeste e Norte. Após sua privatização, a empresa protagonizou uma das disputas societárias mais ferrenhas do capitalismo brasileiro. Aliado ao Citigroup, o banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, manteve inicialmente o controle da empresa, o que nunca foi aceito pela Telecom Italia. Após anos de divergências públicas e até denúncias de espionagem, o Citi resolveu mudar de lado e aliar-se aos fundos, que tiraram Dantas do controle da empresa. Esse acordo deu aos fundos o direito de preferência de comprar as ações do Citi, mas por um valor acima das cotações de mercado. Não se sabe se esse direito será exercido.

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