Negócios

Exxon, Accenture, Ikea e Spotify: mais empresas deixam a Rússia

“Deploramos a ação militar da Rússia que violam a integridade territorial da Ucrânia", disse a Accenture em comunicado

O presidente da Rússia, Vladimir Putin: empresas deixam o país devido à guerra contra a Ucrânia (Getty Images/Getty Images)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin: empresas deixam o país devido à guerra contra a Ucrânia (Getty Images/Getty Images)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 3 de março de 2022 às 18h47.

Última atualização em 4 de março de 2022 às 11h27.

A lista de empresas suspendendo suas operações na Rússia devido à guerra contra a Ucrânia continua a crescer. Nesta quarta-feira, a empresa de tecnologia Accenture anunciou que está descontinuando seus negócios na Rússia. Disse ainda que vai doar US$ 5 milhões para organizações que estejam ajudando o povo ucraniano. “A Accenture está com o povo da Ucrânia e com os governos, as empresas e os indivíduos ao redor do mundo que pedem pelo fim imediato do ataque ilegal e horrível ao povo da Ucrânia e sua liberdade”, disse a empresa em comunicado.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia.

Nesta terça-feira, 2, a petrolífera Exxon Mobil também anunciou deixar suas operações de óleo e gás no país, que valem mais de US$ 4 bilhões, e suspendeu novos investimentos no país. “Deploramos a ação militar da Rússia que violam a integridade territorial da Ucrânia e coloca seu povo em risco”, disse a companhia em comunicado. A empresa de streaming de música Spotify também divulgou ontem que fechou seu escritório na Rússia por prazo indefinido.

A varejista de móveis Ikea e a fabricante de calçados Nike anunciaram o fechamento de suas lojas e indicaram dificuldades em manter seus negócios no país. “A guerra tem um enorme impacto humano e está resultando em sérias interrupções na cadeia de suprimentos e dificuldades nas condições comerciais, e é por isso que a empresa decidiu pausar temporariamente as operações da Ikea na Rússia”, disse a varejista de móveis.

Já a Nike afirmou: “Dada a rápida evolução da situação e os crescentes desafios de operar nossos negócios, a Nike interromperá as operações na Rússia”.

A varejista H&M anunciou que pausou temporariamente suas vendas na Rússia. As lojas na Ucrânia também foram fechadas por questões de segurança. Em comunicado, a companhia disse que está com "todos aqueles ao redor do mundo que estão pedindo por paz". 

As empresas que anunciaram a interrupção dos negócios entre ontem e hoje se juntam a uma série de companhias que já haviam anunciado medidas nesse sentido nos últimos dias, dentre elas, Apple, Google, Facebook, Mondeléz, British Petroleum, Shell, Ford, BMW, Maersk e Dell.

A Apple, por exemplo, restringiu o acesso aos aplicativos de notícias russas RT e Sputnik na União Europeia e parou de vender aparelhos no país. A petroleira British Petroleum surpreendeu o mercado ao desistir da participação na exploração de petróleo junto à estatal russa Rosneft, que pode custar multas de US$ 25 bilhões. Já a Maersk, dona de contêineres que atravessam o mundo, vai parar de embarcar produtos para o país.

Acompanhe tudo sobre:AccentureEXAME-no-InstagramExxonIkeaNikeRússiaSpotifyUcrânia

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024