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Expulsão da LAN do Aeroparque cria tensão diplomática

A companhia argentina anunciou que entrará na Justiça para impedir seu despejo do Aeroparque

Avião da Lan: a empresa alega que está sendo “discriminada” pelo governo argentino por ser uma companhia privada (LAN/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2013 às 10h08.

Buenos Aires - A companhia LAN Argentina anunciou, na quinta-feira, 22, que entrará na Justiça para impedir seu despejo do Aeroparque, nome informal do aeroporto Jorge Newbery, o mais próximo ao centro de Buenos Aires. A empresa, subsidiária da matriz chilena, foi intimada pelo governo Cristina Kirchner, por intermédio do Organismo Regulador do Sistema Nacional de Aeroportos (Orsna), a deixar o hangar que utiliza no Aeroparque, principal aeroporto dos voos domésticos da Argentina.

A entidade alega que a LAN não realiza voos regulares a partir do Aeroparque, e que por isso deve deixar o terminal. No entanto, apesar do argumento do governo, a empresa faz 14 voos domésticos regulares a partir deste aeroporto.

A LAN Argentina, que representa 11% dos negócios da matriz com sede em Santiago, terá de abandonar o hangar em nove dias. A empresa, que tem 3 mil funcionários no país, a maioria argentinos, é a principal rival das deficitárias estatais argentinas - Aerolíneas Argentinas e Austral - no mercado interno.

A impossibilidade de usar o hangar torna inviável automaticamente que a LAN opere no Aeroparque. Se o despejo de fato ocorrer, a consequência seria uma inevitável demissão em massa de funcionários. A LAN alega que está sendo “discriminada” por ser uma companhia privada.

Segundo Agustín Agraz, diretor de assuntos corporativos da companhia, o contrato que possui para o uso do hangar só vence em 2023.


“Eles (o governo argentino) querem que este hangar passe às mãos da Aerolíneas”, disse. A LAN investiu US$ 5 milhões para construir seu hangar no Aeroparque, que ficou pronto há cinco anos.

Hoje, os chanceleres do Chile e da Argentina se reúnem para analisar uma série de problemas bilaterais, entre eles o caso da LAN. Enquanto isso, a empresa já confirmou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que tentará proteger seus direitos na Justiça.

A diretora de Comunicações da LAN Argentina, Maria Lucila Maldonado, disse que a companhia vai apresentar, nos próximos dias, uma medida cautelar à Justiça para evitar o desalojamento da aérea no hangar. “Tirar o hangar da empresa torna inviáveis as operações de voos domésticos”, afirmou a executiva.

Estatização

Os jornais La Nación e El Cronista sustentaram, na quinta-feira, 22, que o governo Kirchner implementaria até o final deste ano uma estatização de fato do Aeroparque. O aeroporto deixaria de ser administrado pela Aeroportos Argentina 2000, do empresário argentino Eduardo Eurnekian - que administra o aeroporto de Brasília, entre outros no mundo - e passaria a ser administrado pela Aerolíneas Argentinas, que está sob controle de “La Cámpora”, denominação da juventude kirchnerista.

No entanto, Eurnekian declarou ontem que possui contratos da operação do Aeroparque que não podem ser rescindidos até 2028. Segundo o empresário, uma companhia aérea como a Aerolíneas não pode administrar um aeroporto. Mas as informações indicam que o Aeroparque se tornaria um aeroporto de uso exclusivo das estatais Aerolíneas Argentinas e Austral. Isso significaria que, nos próximos meses, a remoção da LAN do terminal mais próximo ao centro de Buenos Aires também significaria a retirada compulsória das brasileiras TAM e Gol do aeroporto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Buenos Aires - A companhia LAN Argentina anunciou, na quinta-feira, 22, que entrará na Justiça para impedir seu despejo do Aeroparque, nome informal do aeroporto Jorge Newbery, o mais próximo ao centro de Buenos Aires. A empresa, subsidiária da matriz chilena, foi intimada pelo governo Cristina Kirchner, por intermédio do Organismo Regulador do Sistema Nacional de Aeroportos (Orsna), a deixar o hangar que utiliza no Aeroparque, principal aeroporto dos voos domésticos da Argentina.

A entidade alega que a LAN não realiza voos regulares a partir do Aeroparque, e que por isso deve deixar o terminal. No entanto, apesar do argumento do governo, a empresa faz 14 voos domésticos regulares a partir deste aeroporto.

A LAN Argentina, que representa 11% dos negócios da matriz com sede em Santiago, terá de abandonar o hangar em nove dias. A empresa, que tem 3 mil funcionários no país, a maioria argentinos, é a principal rival das deficitárias estatais argentinas - Aerolíneas Argentinas e Austral - no mercado interno.

A impossibilidade de usar o hangar torna inviável automaticamente que a LAN opere no Aeroparque. Se o despejo de fato ocorrer, a consequência seria uma inevitável demissão em massa de funcionários. A LAN alega que está sendo “discriminada” por ser uma companhia privada.

Segundo Agustín Agraz, diretor de assuntos corporativos da companhia, o contrato que possui para o uso do hangar só vence em 2023.


“Eles (o governo argentino) querem que este hangar passe às mãos da Aerolíneas”, disse. A LAN investiu US$ 5 milhões para construir seu hangar no Aeroparque, que ficou pronto há cinco anos.

Hoje, os chanceleres do Chile e da Argentina se reúnem para analisar uma série de problemas bilaterais, entre eles o caso da LAN. Enquanto isso, a empresa já confirmou ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que tentará proteger seus direitos na Justiça.

A diretora de Comunicações da LAN Argentina, Maria Lucila Maldonado, disse que a companhia vai apresentar, nos próximos dias, uma medida cautelar à Justiça para evitar o desalojamento da aérea no hangar. “Tirar o hangar da empresa torna inviáveis as operações de voos domésticos”, afirmou a executiva.

Estatização

Os jornais La Nación e El Cronista sustentaram, na quinta-feira, 22, que o governo Kirchner implementaria até o final deste ano uma estatização de fato do Aeroparque. O aeroporto deixaria de ser administrado pela Aeroportos Argentina 2000, do empresário argentino Eduardo Eurnekian - que administra o aeroporto de Brasília, entre outros no mundo - e passaria a ser administrado pela Aerolíneas Argentinas, que está sob controle de “La Cámpora”, denominação da juventude kirchnerista.

No entanto, Eurnekian declarou ontem que possui contratos da operação do Aeroparque que não podem ser rescindidos até 2028. Segundo o empresário, uma companhia aérea como a Aerolíneas não pode administrar um aeroporto. Mas as informações indicam que o Aeroparque se tornaria um aeroporto de uso exclusivo das estatais Aerolíneas Argentinas e Austral. Isso significaria que, nos próximos meses, a remoção da LAN do terminal mais próximo ao centro de Buenos Aires também significaria a retirada compulsória das brasileiras TAM e Gol do aeroporto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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