Ghosn: ele foi detido no começo desta semana por suspeita de sonegação (Eric Piermont/AFP/AFP)
Agência Brasil
Publicado em 24 de novembro de 2018 às 10h22.
Última atualização em 15 de junho de 2020 às 14h54.
O executivo Greg Kelly, preso com o ex-chefe e então presidente da Nissan Motor Carlos Ghosn, que é franco-brasileiro, afirmou que o salário do empresário foi "adequadamente" determinado e gerenciado. Ghosn foi detido no começo desta semana por suspeita de sonegação. De acordo com Kelly, ele seguia as orientações de Ghosn para administrar o dinheiro.
"Não só seguia as ordens do ex-presidente, mas trabalhava pelo bem da companhia", afirmou o executivo.
Kelly, de 62 anos, foi detido suspeito de estar envolvido em supostas vulnerações da legislação de instrumentos financeiros do Japão pelas quais Ghosn teria declarado remunerações "menores que os números reais" ao regulador da bolsa de Tóquio "durante muitos anos", segundo os poucos detalhes divulgados oficialmente.
No caso do ex-presidente da companhia "foram descobertos outros vários atos de má conduta", como o uso pessoal de bens da empresa, conforme relatado.
Através de fontes judiciais e empresariais, veículos de imprensa tiveram acesso a dados que descrevem as supostas irregularidades.
A Procuradoria de Justiça de Tóquio investiga a suspeita de que Ghosn sonegou 8 bilhões de ienes em salários (o equivalente a R$ 270 milhões) entre 2010 e 2017, por não ter declarado lucro pela alta na bolsa de seus direitos de ações e teria utilizado fundos da Nissan destinados a investimentos em benefício próprio.
*Com informações da NHK, emissora pública de televisão do Japão, e da EFE