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Evento de cinema discute emergência climática e biodiversidade

Masterclass com o francês Jean-François Camilleri, produtor de filmes como “A Marcha dos Pinguins” e “Oceanos” é um dos destaques da 11ª edição da Mostra Ecofalante

(A Marcha dos Pinguins/Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2022 às 09h00.

Última atualização em 4 de agosto de 2022 às 09h28.

A 11ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema – um evento gratuito dedicado às temáticas socioambientais – exibe, até 17 de agosto, em salas paulistanas e de forma online, um total de 106 filmes.A programação se espalha por diferentes espaços da capital paulista: Reserva Cultural, Circuito Spcine (Biblioteca Roberto Santos, CCSP, CEU Perus e CFC Cidade Tiradentes) e Cinemateca Brasileira, além de Casas de Cultura, Oficinas Culturais, Centros Culturais e Fábricas de Cultura. Atividades virtuais podem ser acessadas através do site do evento.

Reunindo em 2022 um total de 45 produções, representando 29 países, o Panorama Internacional Contemporâneo do evento está organizado nos seguintes eixos temáticos: ativismo, biodiversidade, economia, emergência climática, povos & lugares e trabalho.

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Filmes indicados ao Oscar

Entre os destaques aqui estão os indicados ao Oscar “Ascensão”, de Jessica Kingdon, e "Escrevendo com Fogo", de Rintu Thomas, além de “Mil Incêndios”, de Saeed Taji Farouky (premiado nos festivais de Locarno), e “Birds of America”, de Jacques Loeuille, selecionado para o Festival de Roterdã.

O Panorama promove, ainda, a exibição especial de três produções: a aclamada série “Uprising”, de Steve McQueen e James Rogan, que faz sua estreia no Brasil no Ecofalante, e os inéditos e aguardados “Geração Z”, de Liz Smith, e “Searchers: O Amor Está nas Redes”, de Pacho Velez.

Destaques latino-americanos

Para a Competição latino-americana da 11ª Mostra Ecofalante de Cinema foram selecionados 35 filmes, entre eles 15 longas e 20 curtas-metragens, da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba e México.

Participam “Esqui", de Manque La Banca, prêmio da crítica na seção Fórum do Festival de Berlim, “A Montanha Lembra”, de Delfina Carlota Vazquez, ganhador da competição internacional de curtas do É Tudo Verdade, “Céu de Agosto”, de Jasmin Tenucci, premiado no Festival de Cannes, “A Opção Zero”, de Marcel Beltrán,premiado no Bafici, “Rolê - Histórias dos Rolezinhos”, de Vladimir Seixas, “Lavra”, de Lucas Bambozzi, e “Ocupagem”, de Joel Pizzini, entre outros.

Mostra Ecofalante de Cinema exibe “Koyaanisqatsi”, um hipnotizante longa-metragem e um verdadeiro marco do cinema socioambiental (Koyaanisqatsi/Reprodução)

Temas alinhados à ONU

Outra competição, o Concurso Curta Ecofalante, reúne curtas-metragens cujos temas dialogam com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e são assinados por alunos de instituições de ensino brasileiras.

Participam produções de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Cinema de impacto

A 11ª Mostra Ecofalante conta também com oito debates que reúnem ativistas, especialistas e outros convidados especiais para discutir as seis temáticas do panorama, além da obra da cineasta Sarah Maldoror e da sessão especial Sociedade e Redes. A programação inclui debates presenciais e online.

No dia 3 de agosto acontece, em parceria com a Spcine, a masterclass " Cinema de Impacto: Filmes para Mudar o Mundo ", ministrada pelo francês Jean-François Camilleri, produtor internacional de filmes como “A Marcha dos Pinguins” e “Oceanos”.A atividade é online e gratuita e propõe uma discussão sobre o cinema de impacto para produtores, realizadores, distribuidores e estudantes interessados. As inscrições devem ser feitas no site do evento.

Outro ponto de destaque é a exibição de “ Koyaanisqatsi ”, celebrando os 40 anos da obra, um hipnotizante longa-metragem e um verdadeiro marco do cinema socioambiental. A exibição acontece em sessões presenciais nos dias 13 de agosto (Cinemateca Brasileira) e 21 de agosto (Cine Santa Tereza).

Lançado no Festival de Berlim, é o filme de estreia do diretor americano Godfrey Reggio. Trata-se de um ensaio visual que narra o impacto destrutivo do modo de vida moderno no meio ambiente.A obra impressionou o público e a crítica por se tratar de um retrato clarividente sobre o impacto da civilização sobre o planeta e a natureza – tudo, sem precisar dizer uma palavra. Outro destaque vai para a trilha musical, assinada por Philip Glass, um dos compositores mais influentes do final do século 20.

O evento promove parte de sua programação em cidades do interior paulista como Piracicaba, de 2 a 20 de agosto, e Lorena, de 16 a 26 agosto, e também em Belo Horizonte (MG), de 10 a 31 de agosto, e  Porto Alegre (RS),  de 25 de agosto a 7 de setembro. Clique aqui para conferir a programação completa.

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