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EUA multam AT&T em US$ 100 milhões por enganar clientes

A companhia reduziu a velocidade dos dados da internet, que havia comercializado enganosamente como "ilimitados"


	AT&T: "Os consumidores merecem receber pelo que pagam. Os provedores de banda larga devem ser francos e transparentes sobre os serviços que oferecem", diz comunicado da FCC, reguladora de comunicações nos EUA
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

AT&T: "Os consumidores merecem receber pelo que pagam. Os provedores de banda larga devem ser francos e transparentes sobre os serviços que oferecem", diz comunicado da FCC, reguladora de comunicações nos EUA (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2015 às 17h02.

Washington - A Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira a imposição de uma multa de US$ 100 milhões à companhia de telefonia celular AT&T por reduzir a velocidade dos dados da internet, que havia comercializado enganosamente como "ilimitados".

Em comunicado, a FCC explicou que a AT&T vendeu planos supostamente ilimitados, mas que quando os consumidores utilizavam mais de 5 gigabytes de dados de sua fatura mensal, a empresa reduzia significativamente a velocidade de acesso à internet dos telefones.

"Os consumidores merecem receber pelo que pagam. Os provedores de banda larga devem ser francos e transparentes sobre os serviços que oferecem. A FCC não ficará inativa enquanto os consumidores são enganados por confusas campanhas de publicidade e informação insuficiente", disse Tom Wheeler, presidente da FCC.

A agência explicou que havia recebido milhares de reclamações sobre o assunto desde 2011 e que esta prática afetou milhões de consumidores "criando obstáculos na utilização de aplicativos comuns, como o GPS, e no download de vídeos".

Esta é a maior punição aplicada até agora pela FCC. Em resposta, a AT&T declarou que "recorrerá vigorosamente" contra a decisão da FCC, ao ressaltar que esta prática "é um modo legítimo e razoável de tramitar os recursos da rede para o benefício dos clientes", segundo um comunicado do porta-voz da empresa, Michael Balmoris. 

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