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EUA devem anunciar multa de US$9 bi para BNP, dizem fontes

A multa seria aplicada em função de supostas violações a sanções norte-americanas pelo maior banco da França

BNP Paribas: o banco deve se declarar culpado (Yves Forestier/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 30 de junho de 2014 às 08h43.

Paris e Nova York - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos deve anunciar nesta segunda-feira um acordo com o BNP Paribas envolvendo uma multa recorde de quase 9 bilhões de dólares em função de supostas violações a sanções norte-americanas pelo maior banco da França, disseram fontes familiarizadas com o assunto.

As penalidades, que as fontes disseram que também podem incluir uma proibição temporária sobre alguns negócios de compensação em dólares, poderão impactar o pagamento de dividendos do BNP, seu índice de capital e metas de banco de investimento, dizem analistas.

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O BNP deve se declarar culpado em uma acusação criminal no Tribunal Federal de Manhattan nesta segunda-feira, e o Departamento de Justiça dos EUA está planejando uma coletiva de imprensa em Washington para anunciar um acordo no mesmo dia, afirmaram as fontes.

No entanto, o banco deverá manter sua licença bancária do regulador bancário do Estado de Nova York, depois de negociações que, de acordo com fontes próximas ao assunto, chegaram em determinado ponto a levantar a perspectiva de uma multa ainda maior, de até 16 bilhões de dólares.

"Eu quero dizer isso claramente aqui: vamos receber uma pena pesada", afirmou o presidente-executivo do BNP, Jean-Laurent Bonnafé, em uma mensagem interna enviada em 27 de junho e vista pela Reuters.

"No entanto, as dificuldades que estamos experimentando atualmente não devem afetar os nossos planos para o futuro."

O banco não comentou publicamente o caso desde que alertou acionistas, em 14 de maio, que a multa poderia ser mais dura do que o montante de 1,1 bilhão de dólares que a instituição provisionou originalmente. Uma porta-voz do BNP não quis comentar.

Autoridades norte-americanas estão analisando se o BNP violou sanções dos EUA relacionadas principalmente ao Sudão entre 2002 e 2009, disseram as fontes.

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