Estrangeiros querem fortalecer minoritário da Petrobras
Capitaneado pelo fundo Aberdeen Asset, grupo defende a abertura de uma nova vaga independente para "aprimorar" a governança da estatal
Da Redação
Publicado em 18 de março de 2014 às 20h34.
Rio - Na esteira de críticas dos conselhos de administração e fiscal à atual gestão da Petrobras , diversos fundos de investimento estrangeiros se uniram em torno de uma nova candidatura para fortalecer a posição dos acionistas minoritários na empresa. Capitaneado pelo fundo britânico Aberdeen Asset, o grupo defende a abertura de uma nova vaga independente para "aprimorar" a governança da estatal, considerada "crítica".
O grupo formalizou na última sexta-feira, 14, uma chapa com indicações para os dois conselhos, reivindicando a eleição de dois membros para cada tipo de minoritário, detentores de títulos ordinários e preferenciais. Em comunicado, o grupo, que detém cerca de 0,5% do capital social da Petrobras, critica a ingerência do governo sobre as decisões da companhia. "A política de definição de preços de gasolina e diesel tem sido prejudicial para acionistas da empresa nos últimos anos e ainda requer transparência. Olhando mais adiante, acreditamos que isso comprometerá a capacidade de investimento e de expansão da Petrobras no longo prazo", diz o comunicado.
Para os investidores, mesmo as mudanças no modelo de precificação anunciadas pelo Conselho de Administração não se mostraram efetivas para os acionistas. A indicação é para a candidatura de José Monforte, além de Mauro Cunha, presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), que já ocupa um assento no Conselho de Administração.
Cunha foi o único integrante a se opor à aprovação das demonstrações financeiras da companhia na última reunião, realizada em fevereiro. Ele criticou a demora na liberação de informações para análise, além de operações relacionadas às refinarias e de hegde accounting. A operação, utilizada pela empresa desde meados do último ano, busca diminuir o impacto da variação cambial sobre o endividamento da empresa.
Eleito no último ano, ele foi considerado o primeiro conselheiro legítimo representante dos minoritários. Até então, os nomes que ocupavam o cargo eram simpáticos às diretrizes do governo. Com a união dos fundos de investimento, os minoritários esperam conseguir maior poder de voto nas instâncias de governança da estatal.
Entre os investidores que apoiam a nova chapa, estão os fundos British Columbia Investment, The California State Teachers' Retirement System, Hermes Equity Ownership Services, entre outros. Eles também indicaram nomes de Reginaldo Ferreira Alexandre e Walter Albertoni para o Conselho Fiscal. Na última reunião, também em fevereiro, o colegiado alertou, em ata, para o risco de rebaixamento no rating de crédito da empresa em função do alto endividamento.
Rio - Na esteira de críticas dos conselhos de administração e fiscal à atual gestão da Petrobras , diversos fundos de investimento estrangeiros se uniram em torno de uma nova candidatura para fortalecer a posição dos acionistas minoritários na empresa. Capitaneado pelo fundo britânico Aberdeen Asset, o grupo defende a abertura de uma nova vaga independente para "aprimorar" a governança da estatal, considerada "crítica".
O grupo formalizou na última sexta-feira, 14, uma chapa com indicações para os dois conselhos, reivindicando a eleição de dois membros para cada tipo de minoritário, detentores de títulos ordinários e preferenciais. Em comunicado, o grupo, que detém cerca de 0,5% do capital social da Petrobras, critica a ingerência do governo sobre as decisões da companhia. "A política de definição de preços de gasolina e diesel tem sido prejudicial para acionistas da empresa nos últimos anos e ainda requer transparência. Olhando mais adiante, acreditamos que isso comprometerá a capacidade de investimento e de expansão da Petrobras no longo prazo", diz o comunicado.
Para os investidores, mesmo as mudanças no modelo de precificação anunciadas pelo Conselho de Administração não se mostraram efetivas para os acionistas. A indicação é para a candidatura de José Monforte, além de Mauro Cunha, presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), que já ocupa um assento no Conselho de Administração.
Cunha foi o único integrante a se opor à aprovação das demonstrações financeiras da companhia na última reunião, realizada em fevereiro. Ele criticou a demora na liberação de informações para análise, além de operações relacionadas às refinarias e de hegde accounting. A operação, utilizada pela empresa desde meados do último ano, busca diminuir o impacto da variação cambial sobre o endividamento da empresa.
Eleito no último ano, ele foi considerado o primeiro conselheiro legítimo representante dos minoritários. Até então, os nomes que ocupavam o cargo eram simpáticos às diretrizes do governo. Com a união dos fundos de investimento, os minoritários esperam conseguir maior poder de voto nas instâncias de governança da estatal.
Entre os investidores que apoiam a nova chapa, estão os fundos British Columbia Investment, The California State Teachers' Retirement System, Hermes Equity Ownership Services, entre outros. Eles também indicaram nomes de Reginaldo Ferreira Alexandre e Walter Albertoni para o Conselho Fiscal. Na última reunião, também em fevereiro, o colegiado alertou, em ata, para o risco de rebaixamento no rating de crédito da empresa em função do alto endividamento.