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Estrangeiros preparam investimento recorde em residências

Merrill Lynch, Morgan Stanley e outros investidores devem trazer mais de 1,5 bilhão de reais ao Brasil

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

Uma leva de fundos de investimento estrangeiros especializados no mercado imobiliário desembarca neste ano no Brasil para financiar o sonho da casa própria. Pelas estimativas do mercado, uma dezena deles deve investir mais de 1,5 bilhão de reais na construção de imóveis residenciais. Estão em estágio adiantado de negociação com as construtoras os fundos dos bancos de investimento americanos Merrill Lynch e Morgan Stanley, o Single Home, um dos maiores fundos espanhóis especializados em mercado imobiliário, e o americano Contrarian Capital, fundo de médio porte para os padrões dos Estados Unidos, mas que tem mais de 5 bilhões de dólares em carteira.

Também pretendem ampliar os negócios no setor o fundo americano Vision, que entrou no país no segmento de escritórios e já atua com imóveis residenciais, e o Bracor, ligado ao investidor Samuel Zell, sócio da Gafisa. Os fundos já avaliaram projetos com várias incorporadoras, entre elas a Gafisa, a Serplan e a americana Commercial Properties. O Equastone, um dos peso-pesados do mercado americano, sonda possibilidades no setor, mas ainda não definiu investimentos.

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Os fundos têm avaliado projetos em duas áreas: a construção de moradias para as classes média e baixa e do segundo imóvel, voltado ao lazer da família. Nos próximos dias, vários executivos dos fundos e das construtoras reúnem-se em São Paulo em um almoço a portas fechadas para avaliar as possibilidades de negócios no país. Entre os presentes estará também a ex-ministra Zélia Cardoso de Mello, hoje consultora do Jina Ventures, um grande fundo indiano que investe em vários países e ainda está estudando o mercado brasileiro. Zélia terá a incumbência de mostrar aos estrangeiros as oportunidades no Brasil.

Nos últimos anos, os investimentos estrangeiros no mercado imobiliário cresceram, mas focados principalmente em prédios comerciais e industriais. A queda dos juros, a ampliação do crédito e a maior segurança na regras do setor agora atraem o interesse para a área residencial.

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