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Este é um momento histórico para a L’Oréal... e a Nestlé
A L’Oréal e seus principais acionistas devem decidir a melhor estrutura de propriedade para o grupo francês de cosméticos
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L'Oréal: Nestlé tem uma oportunidade para abandonar com elegância sua participação de 23% (Patrick Durand/Bloomberg)
Publicado em 24 de setembro de 2017 às, 08h00.
Última atualização em 24 de setembro de 2017 às, 09h52.
Londres - O falecimento da herdeira Liliane Bettencourt deve obrigar a L’Oréal e seus principais acionistas a decidir a melhor estrutura de propriedade para o grupo francês de cosméticos. Esta conjuntura histórica oferece à Nestlé uma oportunidade para abandonar com elegância sua participação de 23 por cento.
Um acordo entre a família Bettencourt, que detém 33 por cento, e a Nestlé para não aumentar sua participação na L’Oréal vence em seis meses. Teoricamente, isso abre o caminho para que a Nestlé compre toda a L’Oréal. Mas, como a Gadfly argumentou, este seria um acordo enorme e arriscado.
Estrategicamente, uma transação fortaleceria os ativos da Nestlé de cuidados com a pele, mas não faria nada por seu negócio principal de alimentos e nutrição. Comprar os 77 por cento restantes custaria 100 bilhões de euros (US$ 120 bilhões) depois de adicionar um prêmio de aquisição — supondo que a família Bettencourt queira vender. E, pior ainda, existe o risco de que a Nestlé realize a compra durante o auge do boom dos cosméticos.
Para a Nestlé, seria muito melhor vender. O grupo tem liberdade para se desfazer de sua participação para um terceiro desde 2014, então o falecimento de Bettencourt tecnicamente não altera nada neste aspecto.
Mas agora existe um pretexto neutro para que a Nestlé revise a participação na L’Oréal, em um momento em que a Third Point, de Dan Loeb, que acumulou uma participação de US$ 3,5 bilhões no grupo suíço, está pressionando o CEO Ulf Mark Schneider a vendê-la. Até agora, Schneider tem mantido seus planos em sigilo.
Além disso, como a família Bettencourt em breve terá liberdade para aumentar sua participação, ele terá mais potenciais compradores. Há essencialmente três: a L’Oréal, a família Bettencourt e o mercado.
A participação atualmente vale cerca de 24 bilhões de euros. Analistas da Raymond James dizem que a L’Oréal poderia comprar cerca de 10 bilhões de euros antes de atingir as restrições regulatórias. O grupo francês poderia facilmente pagar isso, porque não tem dívidas e pode utilizar uma participação de 9 por cento na Sanofi caso não queira se endividar.
Essa medida aumentaria o lucro por ação do grupo de cosméticos, como observa a Bloomberg Intelligence. Essa perspectiva, junto com possíveis especulações de lances, deu um impulso de 3,5 por cento à L’Oréal nesta sexta-feira.
O restante da participação da Nestlé poderia ser dividido entre uma venda no mercado de ações e, possivelmente, a família Bettencourt, caso ela tenha a intenção de aumentar sua participação.
Talvez o maior problema seja o que a Nestlé fará com o dinheiro. Mesmo com uma recompra anunciada recentemente de US$ 21 bilhões, a razão entre a dívida líquida e os resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização será de apenas 1,5 vez em 2020 — antes de qualquer uma das possíveis vendas.
Schneider poderia usar o produto para ser mais agressivo ao fazer fusões e aquisições a fim de enfrentar os desafios de crescimento da Nestlé — ou financiar um retorno de dinheiro mais generoso para os acionistas. Este seria um problema mais agradável do que ter que justificar constantemente a participação na L’Oréal.
Esta coluna não reflete necessariamente a opinião da Bloomberg LP, nem de EXAME, e de seus proprietários.
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