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Essas 5 mulheres comandam negócios que você deveria conhecer

No Dia da Mulher Negra EXAME destaca cinco das empreendedoras cujo os trabalhos são essenciais na luta contra a disparidade racial

Selma Moreira, Nina Silva, Liliane Rocha, Patricia Santos e Adriana Barbosa (da esq. para dir.) (//Divulgação)

Selma Moreira, Nina Silva, Liliane Rocha, Patricia Santos e Adriana Barbosa (da esq. para dir.) (//Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 25 de julho de 2020 às 08h30.

Última atualização em 25 de julho de 2020 às 10h36.

A população negra no Brasil movimenta ao ano 1,7 trilhão de reais. Neste cenário, as mulheres negras são importante parte do desenvolvimento econômico nacional, mas as desigualdades sociais e raciais fazem com que elas, em média, ganhem apenas 44% do salário dos homens brancos.

Para modificar essa estrutura, o Brasil tem importantes mulheres como funcionárias, de diferentes níveis hierárquicos, e empreendedoras nas quais os investidores e consumidores devem ficar de olho. Para celebrar o  Dia da Mulher Negra, data instituída pelo governo brasileiro em 2014, e Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, ambas neste sábado, 25, EXAME destaca cinco dessas empreendedoras, cujo os trabalhos se mostram essenciais na luta contra as disparidades:

Adriana Barbosa: diretora executiva da aceleradora PretaHub e fundadora da Feira Preta, o maior evento de cultura e empreendedorismo negro da América Latina, realizado desde 2001. Ela comanda a missão de ajudar os empreendedores no desenvolvimento dos negócios. Na última edição, realizada em dezembro, a Feira Preta movimentou em dois dias 1,5 milhão de reais após receber 35 mil pessoas no Memorial da América Latina, em São Paulo. 

Liliane Rocha: É fundadora e presidente da Gestão Kairós, uma consultoria de sustentabilidade e diversidade, e autora do livro “Como ser um líder inclusivo”. O tema também faz com que, para além das empresas, Liliane atue em cursos da Universidade de São Paulo e Senac, e seja reconhecida em premiações globais. "Nosso objetivo é, por meio do apoio para grandes empresas, construir um mundo mais justo e igualitário", diz.

Nina Silva:  é presidente e cofundadora do Movimento Black Money, que atua com inovação, empreendedorismo e educação financeira para profissionais negros. Também é sócia-fundadora da fintech D’Black Bank. Nos últimos anos 10 anos gerenciou e desenvolveu projetos junto a grandes consultorias, e participa da StartBlackUp, que promove encontros de empreendedores e profissionais, que desejam começar ou melhorar seus negócios. Nina também tem no histórico profissional participações em empresas como SAP, Petrobras, Honda, L’Oréal, Heineken. "O fomento do letramento identitário e do pensamento inovador é essencial para a criação de diferenciais competitivos no ecossistema afroempreendedor", diz.

Patricia Santos: profissional de recursos humanos há 20 anos, Patrícia Santos é fundadora da EmpregueAfro, uma consultoria de recursos humanos exclusiva para o público negro. A demanda surgiu há cerca de seis anos, quando as empresas referências dos mais diversos mercados começaram a perceber seus quadros internos e perceberam a necessidade de incluir pretos e pardos no grupo de funcionários. "Tenho o objetivo de atender 500 das maiores empresas no Brasil para movimentar de fato todo esse sistema que precisa incluir a equidade em suas ações", afirma.

Selma Moreira: é diretora-executiva do Fundo Baobá para Equidade Racial, o primeiro e único fundo dedicado, exclusivamente, à promoção da equidade racial para a população negra no Brasil. Criado em 2011, o Fundo Baobá trabalha fortalecendo e investindo, por meio de editais e apoios direcionais, em organizações e lideranças negras, comprometidas com o enfrentamento ao racismo, a promoção da equidade racial e da justiça social. "Procuramos atuar sobre os gargalos que mantêm o racismo estrutural e um deles é justamente o acesso de mulheres negras a posições de liderança. Promover o protagonismo da mulher negra contribui para reduzir desigualdades de salário, de educação e de representatividade. É um desafio urgente e prioritário para termos um país menos desigual", afirma.

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