Madri - A empresa espanhola Sener comprou 48% do grupo de engenharia brasileiro Setepla, com o objetivo de melhorar suas oportunidades de desenvolvimento no Brasil aproveitando as sinergias entre ambas as companhias.

O diretor-geral de engenharia e construção da Sener no país, Guido Casanova, explicou nesta terça-feira à Efe que o acordo contempla também a possibilidade de que a espanhola adquira todo o capital da Setepla em 2015.

A Setepla é atualmente uma das cinco maiores empresas de engenharia especializadas em infraestruturas no Brasil, onde é reconhecida por seus projetos em mobilidade urbana e outros projetos como a Arena Fonte Nova, em Salvador, que será uma das sedes da Copa do Mundo de 2014.

Casanova destacou que a Setepla oferece à Sener uma boa relação com o mercado, assim como "capacidade de sinergias e de atender a um mercado maior".

Segundo ele, a engenharia espanhola tinha a intenção de se expandir pelo Brasil há alguns anos e decidiu buscar um parceiro que lhe pudesse apresentar "oportunidades de crescimento no mercado brasileiro", especialmente na área de infraestruturas. Em abril, a Sener abriu um escritório no Rio de Janeiro que conta com mais de 300 profissionais.

O diretor-geral da Sener na América do Sul, Miguel Méndez, ressaltou que a Setepla conta com uma experiência de mais de 40anos no mercado brasileiro e com "uma base técnica muito sólida".

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"Entramos (no capital da Setepla) porque vemos que podemos continuar desenvolvendo suas capacidades e somá-las às da Sener", ressaltou.

Casanova afirmou que o Brasil representa uma grande oportunidade para investir em infraestruturas, desde portos a aeroportos ou estradas, já que "a qualidade atual não é compatível" com seu estado de desenvolvimento.

O diretor-geral de engenharia e construção da companhia espanhola também destacou as necessidades de desenvolvimento de infraestruturas de mobilidade urbana e trens de alta velocidade e mercadorias no país porque "não houve investimentos" nestas áreas em muitos anos.

Miguel Méndez, por sua vez, disse que "a própria Setepla tem referências" graças à sua experiência, que agora será respaldada pela Sener, enquanto a companhia espanhola desfrutará de um parceiro local "em um mercado muito protecionista".