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Escolha de presidente da Vale por headhunter não acalma mercado

Contratação de consultoria e lista tríplice estão no estatuto, mas analistas têm dúvidas sobre a transparência da troca de Agnelli

Agnelli: o mercado já compra a idéia de que o Tito deve assumir no lugar do executivo, segundo analista (Matt Writtle/ Vale)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2011 às 16h42.

São Paulo -  Os acionistas da Vale vão escolher seu próximo presidente com base na indicação de três nomes por um headhunter (agência de busca de executivos e profissionais especializados) internacional. A medida está no estatuto da Vale. É o praxe. A dúvida do mercado é se essa será uma indicação de cartas marcadas ou se o headhunter, de fato, terá liberdade para selecionar os melhores nomes.

“É só praxe”, disse o analista Pedro Galdi, da corretora SLW. Na próxima semana devem sair os três nomes. “Não sabemos as condições dessa contratação, apesar de estar no estatuto, você pode fazer um negócio sério ou de mentirinha”, disse Oswaldo Telles, da Banif Corretora.

Sobre possíveis sucessores de Agnelli, Telles afirmou que a substituição por alguém que já está na empresa tranqüiliza o mercado mas, por outro lado, parece uma atitude “pequena”. “A Vale poderia pegar qualquer pessoa do mundo, e pegar alguém de dentro parece até uma coisa meio pequena, pra economizar tempo e dinheiro, sem desmerecer os diretores atuais”, disse.

“O mercado já compra a idéia de que o Tito deve assumir no lugar do Agnelli, qualquer decisão que não essa seria uma novidade”, disse Marcelo Varejão, analista da Socopa. Varejão e Telles defendem que o melhor seria “manter como está”, ou seja, deixar Agnelli no cargo.  “Além de ser um executivo que está entregando resultados, é a forma como está sendo substituído, a pressão política sobre uma empresa privada”, disse Varejão.

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“É só praxe”, disse o analista Pedro Galdi, da corretora SLW. Na próxima semana devem sair os três nomes. “Não sabemos as condições dessa contratação, apesar de estar no estatuto, você pode fazer um negócio sério ou de mentirinha”, disse Oswaldo Telles, da Banif Corretora.

Sobre possíveis sucessores de Agnelli, Telles afirmou que a substituição por alguém que já está na empresa tranqüiliza o mercado mas, por outro lado, parece uma atitude “pequena”. “A Vale poderia pegar qualquer pessoa do mundo, e pegar alguém de dentro parece até uma coisa meio pequena, pra economizar tempo e dinheiro, sem desmerecer os diretores atuais”, disse.

“O mercado já compra a idéia de que o Tito deve assumir no lugar do Agnelli, qualquer decisão que não essa seria uma novidade”, disse Marcelo Varejão, analista da Socopa. Varejão e Telles defendem que o melhor seria “manter como está”, ou seja, deixar Agnelli no cargo.  “Além de ser um executivo que está entregando resultados, é a forma como está sendo substituído, a pressão política sobre uma empresa privada”, disse Varejão.

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