Negócios

Ermenegildo Zegna pretende abrir seis lojas no Brasil até 2013

País deve entrar para o grupo dos dez maiores mercados da marca em 2011

Loja Ermenegildo Zegna: atualmente, 42% das receitas do grupo vem da Australásia e 4% da América Latina (LEO FELTRAN/VEJA SÃO PAULO)

Loja Ermenegildo Zegna: atualmente, 42% das receitas do grupo vem da Australásia e 4% da América Latina (LEO FELTRAN/VEJA SÃO PAULO)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2010 às 16h51.

São Paulo – Os ternos Ermenegildo Zegna terão maior exposição no Brasil até 2013. A marca pretende abrir "pelo menos" uma nova loja no país em 2011, possivelmente duas, segundo Ermenegildo Zegna, neto do fundador homônimo da marca e atual CEO do grupo. Até 2013, o objetivo é somar mais seis lojas às seis que o grupo possui atualmente.

As vendas da marca no Brasil, no varejo, cresceram 14% entre janeiro e setembro em relação ao mesmo período de 2009. A grife de roupas masculinas chegou ao Brasil em 1998, através da Daslu, e atualmente possui seis lojas em três cidades (quatro em São Paulo, uma no Rio de Janeiro e uma em Brasília). O Brasil é o 11º ou 12º maior mercado da Zegna no mundo atualmente, segundo a empresa. O CEO aposta que, no próximo ano, o país estará entre os dez primeiros. Zegna destacou, entre cidades brasileiras que seriam interessantes para a marca, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.

O mercado brasileiro vem crescendo, mas o chinês cresce mais rápido. O mercado de luxo chinês movimentou 5,9 bilhões de euros em 2008. Em 2009, foram 7,1 bilhões de euros, e a expectativa para 2010 é de 9,2 bilhões de dólares, segundo o CEO. O Brasil ainda é um mercado de 1,5 bilhão de euros – com perspectiva de crescer entre 15% e 20% entre 2009 e 2010.

Oriente

"Se tivesse que responder em quais países eu apostaria no futuro seriam China, depois Índia e Brasil", disse Zegna. A marca chegou à China em 1991 e atualmente possui 62 lojas em 33 cidades. Do volume de negócios da grife, 25% é gerado na China – a fatia vai para 30% se considerados os chineses fora de sua terra natal. Atualmente, 42% das receitas da Zegna vem da Australásia; 35% da Europa, Oriente Médio e África; 19% da América do Norte e 4% da América Latina.

A Índia, país onde a Zegna também espera crescer, é um mercado de 0,9 bilhão de euros. Rússia e Oriente Médio são mercados maiores, de 4,5 bilhões de euros e 4,0 bilhões de euros respectivamente. Na Índia, a primeira loja foi aberta em 2007. As vendas dobraram entre 2008 e 2010. A expectativa é ter 10 lojas em 2013.

Empresa familiar

A empresa mantém a administração familiar. A terceira geração está no comando da marca atualmente, mas a quinta já está sendo preparada para a sucessão. O know-how é transmitido de geração a geração, segundo o CEO. "É preciso levar o negócio como se fosse público, mesmo sendo privado", disse Zegna, sobre a importância da governança.

Ele elencou, como valores importantes para a administração da empresa, a paixão, disciplina, respeito e independência financeira - "não dar um passo maior do que a perna", disse. O empresário fez uma palestra hoje (05/11) na FAAP, em São Paulo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaChinaDados de BrasilÍndiaLuxo

Mais de Negócios

'E-commerce' ao vivo? Loja física aplica modelo do TikTok e fatura alto nos EUA

Catarinense mira R$ 32 milhões na Black Friday com cadeiras que aliviam suas dores

Startups no Brasil: menos glamour e mais trabalho na era da inteligência artificial

Um erro quase levou essa marca de camisetas à falência – mas agora ela deve faturar US$ 250 milhões