Negócios

Entrada indevida de ar causou explosão em gasômetro, diz Usiminas

Siderúrgica ressaltou que relatório é parcial e resultado da busca de novas evidências e aprofundamento de sua análise pode alterar o curso da investigação

Usiminas: explosão paralisou temporariamente alto-fornos e deixou 34 feridos (Nelio Rodrigues/Exame)

Usiminas: explosão paralisou temporariamente alto-fornos e deixou 34 feridos (Nelio Rodrigues/Exame)

R

Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 20h52.

Última atualização em 17 de agosto de 2018 às 20h52.

São Paulo - A explosão na usina da Usiminas em Ipatinga (MG) teve como causa a entrada indevida de ar atmosférico no gasômetro, afirmou a companhia nesta sexta-feira, citando relatório preliminar de investigação sobre o acidente ocorrido no último dia 10, que paralisou temporariamente alto-fornos e deixou 34 feridos.

A siderúrgica ressaltou que o relatório é parcial e o resultado da busca de novas evidências e o aprofundamento de sua análise pode alterar o curso da investigação, bem como anunciou que implementou medidas imediatas de contenção nos pontos identificados como vulneráveis.

A Usiminas informou na última quarta-feira que retomou a atividade no alto-forno 3 e de laminadores de chapas grossas e tiras a quente da usina em Ipatinga.

A análise foi executada por comissão de investigação da Usiminas, composta por empregados da companhia e por um consultor especializado da empresa norueguesa de avaliação de riscos e qualidade DNV GL.

Com a perda do gasômetro, a Usiminas afirmou ter bloqueado o processo de recuperação de gás da aciaria, "garantindo o envio de 100 por cento do gás produzido para queima".

A Usiminas não estimou o total de custos adicionais gerados pela explosão, mas disse que contratou uma empresa especializada em segurança de processos, "para dar suporte à comissão de investigação com aprofundamento da análise das causas e estabelecimento de ações contundentes e abrangentes de redução e controle de riscos".

Segundo o especialista em siderurgia Sidney Porto, que tem 40 anos de experiência na área, um acidente como o do gasômetro da Usiminas "é raro de acontecer porque é um equipamento que trabalha sem grandes solicitações. Teoricamente, não deveria haver um problema de fadiga de componente".

Na avaliação de Porto, o restabelecimento do gasômetro pode levar um ano. "É equipamento feito sob encomenda, não é coisa de três a seis meses para recuperar". Ele acrescentou que o custo do gasômetro pode ser superior a 20 milhões de dólares.

Procurada, a Usiminas afirmou que as prioridades após a explosão têm sido garantir a segurança do local, retomar o ritmo normal de produção e descobrir as causas do acidente. A empresa não previu em quanto tempo o equipamento será recuperado.

 

Acompanhe tudo sobre:acidentes-de-trabalhoEmpresasExplosõesSiderurgiaUsiminas

Mais de Negócios

PilotIn: nova fintech de Ingrid Barth usa dados para ampliar acesso a crédito

Após sobreviver à pandemia, academia de Fortaleza cresce quatro vezes desde 2020

Hotel, parque e outlet: conheça a rede que vai investir R$ 500 mi em megacomplexo na Paraíba

Eles transformaram uma moto financiada num negócio milionário de logística