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Enel terá empréstimo de US$ 2,6 bi para operação da Eletropaulo

Foram três bancos contratados, sendo um banco nacional e dois internacionais

Zarzoli: segundo o presidente da companhia, o financiamento será tomado em reais, com garantias corporativas da própria Enel Brasil e também da Enel Americas, sua controladora (Tony Gentile/Reuters)

Zarzoli: segundo o presidente da companhia, o financiamento será tomado em reais, com garantias corporativas da própria Enel Brasil e também da Enel Americas, sua controladora (Tony Gentile/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 5 de junho de 2018 às 14h48.

Última atualização em 5 de junho de 2018 às 14h52.

São Paulo - A aquisição da Eletropaulo pela Enel Brasil será financiada por um empréstimo ponte num montante que pode chegar a US$ 2,6 bilhões, afirmou o presidente da companhia, Carlo Zorzoli. Ele destacou que o financiamento será tomado em reais, com garantias corporativas da própria Enel Brasil e também da Enel Americas, sua controladora. O crédito terá prazo de 9 a 18 meses, com possibilidade de pré-pagamento.

Os nomes dos bancos não foram divulgados, mas conforme apurou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado) foram três bancos contratados, sendo um banco nacional e dois internacionais.

O montante final a ser obtido nos empréstimos ainda dependerá da conclusão da compra das ações. Em leilão realizado na segunda-feira, no âmbito da Oferta Pública Voluntária de Ações, a Enel adquiriu um total de 122,8 milhões de ações, ou 73,4% do capital, e os acionistas remanescentes têm até 4 de julho para optar por acompanhar a venda.

Inicialmente, a operação movimentou R$ 5,55 bilhões, mas pode chegar a R$ 7,56 bilhões se conseguir comprar 100% do capital. Adicionalmente, o empréstimo também cobre o aporte de capital de R$ 1,5 bilhão que a Enel se comprometeu a fazer.

Zorzoli salientou que o grupo Enel tem capacidade financeira para fazer aquisição da Eletropaulo e seguir investindo, mas alertou que o grupo tem interesse global. "Sempre miramos em oportunidades", disse o executivo, ao ser questionado sobre potenciais novas aquisições no Brasil. Ele evitou, porém, comentar ativos específicos como as distribuidoras da Eletrobras ou a Light. Ele lembrou que a companhia "sempre foi protagonista em renováveis", numa sinalização de que a companhia pode seguir buscando crescer com novos ativos ou projetos a desenvolver em geração solar, eólica ou hidrelétrica.

A Enel tem papel de liderança na construção de usinas solares no Brasil e também possui relevância em geração eólica. No ano passado, a companhia adquiriu a usina hidrelétrica Volta Grande, anteriormente operada pela Cemig.

 

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