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Empresas estrangeiras ajudaram na espionagem de civis líbios, diz WSJ

O jornal encontrou evidências claras de cooperação da francesa Bull S.A. e da chinesa ZTE Corp., entre outras, no aparelho de repressão aos opositores de Kadafi

Rebeldes líbios tomam o complexo de Bab al-Aziziya em Trípoli, antiga residência de Kadafi: eles oferecem US$ 1,7 milhão pelo ditador, vivo ou morto (Patrick Baz/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2011 às 23h16.

São Paulo - Empresas de tecnologia ocidentais foram cruciais para que o regime de Muammar Kadafi pudesse espionar os cidadãos líbios e sufocar as iniciativas da primavera árabe. As informações são de reportagem especial do Wall Street Journal nesta terça-feira, que afirma ter encontrado ferramentas de diversas companhias num centro de espionagem do governo.

O jornal encontrou evidências claras de cooperação de empresas na repressão dos líbios, que ficaram sob o domínio do ditador por quase 42 anos.

A Amesys, uma unidade da empresa francesa de tecnologia Bull S.A., teria sido responsável pela instalação de um centro de monitoramento e repressão de conteúdo online.

Os arquivos encontrados no local registravam troca de emails e histórico de chats de civis.

Além da Amesys, autoridades líbias se reuniram com a Narus, subsidiária da Boeing, que fabrica de ferramentas de monitoramente de tráfego na internet, e buscaram ferramentas avançadas para controlar o Skype, serviço online de ligações telefônicas.

O governo líbio também tentou censurar vídeos do Youtube e bloquear disfarces das atividades virtuais civis.

O veículo encontrou ainda evidências de fornecimento de tecnologia pela chinesa ZTE Corp. e pela sul africana VASTech SA Pty Ltd. A última teria dado ao regime ferramentas para gravar todas as ligações telefônicas internacionais entrando e saindo do país.

Um porta-voz da empresa Naras afirmou que a companhia não comenta os riscos de negócios em potencial. A Bull, empresa controladora da Amesys, a ZTE Corp. e a VASTech recusaram-se a comentar o ocorrido.

A venda de tecnologia usada para interceptar comunicações geralmente é permitida por lei, embora os fabricantes em alguns países, incluindo os EUA, devam primeiro obter aprovação especial para exportar dispositivos high-tech de interceptação, segundo o jornal.

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São Paulo - Empresas de tecnologia ocidentais foram cruciais para que o regime de Muammar Kadafi pudesse espionar os cidadãos líbios e sufocar as iniciativas da primavera árabe. As informações são de reportagem especial do Wall Street Journal nesta terça-feira, que afirma ter encontrado ferramentas de diversas companhias num centro de espionagem do governo.

O jornal encontrou evidências claras de cooperação de empresas na repressão dos líbios, que ficaram sob o domínio do ditador por quase 42 anos.

A Amesys, uma unidade da empresa francesa de tecnologia Bull S.A., teria sido responsável pela instalação de um centro de monitoramento e repressão de conteúdo online.

Os arquivos encontrados no local registravam troca de emails e histórico de chats de civis.

Além da Amesys, autoridades líbias se reuniram com a Narus, subsidiária da Boeing, que fabrica de ferramentas de monitoramente de tráfego na internet, e buscaram ferramentas avançadas para controlar o Skype, serviço online de ligações telefônicas.

O governo líbio também tentou censurar vídeos do Youtube e bloquear disfarces das atividades virtuais civis.

O veículo encontrou ainda evidências de fornecimento de tecnologia pela chinesa ZTE Corp. e pela sul africana VASTech SA Pty Ltd. A última teria dado ao regime ferramentas para gravar todas as ligações telefônicas internacionais entrando e saindo do país.

Um porta-voz da empresa Naras afirmou que a companhia não comenta os riscos de negócios em potencial. A Bull, empresa controladora da Amesys, a ZTE Corp. e a VASTech recusaram-se a comentar o ocorrido.

A venda de tecnologia usada para interceptar comunicações geralmente é permitida por lei, embora os fabricantes em alguns países, incluindo os EUA, devam primeiro obter aprovação especial para exportar dispositivos high-tech de interceptação, segundo o jornal.

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