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Empresas da UE pedem cortes drásticos nas emissões de gases

Grandes empresas europeias pediram aos governos para estabelecer a meta de zerar emissões de gases do efeito estufa bem antes de 2100


	Emissões de gases do efeito estufa: uma postura ecológica pode trazer lucros, e não gastos, dizem empresários europeus
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Emissões de gases do efeito estufa: uma postura ecológica pode trazer lucros, e não gastos, dizem empresários europeus (.)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2015 às 17h04.

Paris - Grandes empresas da Europa exortaram os governos nesta quinta-feira a estabelecer a meta de zerar as emissões dos gases do efeito estufa bem antes de 2100, dizendo que uma postura ecológica pode trazer lucros, e não gastos.

Líderes empresariais de alianças corporativas europeias e globais como Unilever, Total e Saint-Gobain também pediram um preço global para as emissões de carbono e a diminuição gradual dos subsídios aos combustíveis fósseis.

"Queremos um acordo climático global que zere as emissões. Façam isso dar certo", disseram em comunicado dirigido aos quase 200 governos que devem firmar um pacto para frear o aquecimento global em uma cúpula em Paris entre 30 de novembro e 11 de dezembro.

Zerar as emissões significaria cortes drásticos e implicaria compensar quaisquer emissões remanescentes, por exemplo, plantando árvores para que absorvam o dióxido de carbono ou usando tecnologias ainda a ser desenvolvidas para extrair carbono do ar.

Eles disseram que as emissões globais precisam chegar a um limite em torno do ano 2020 e zerar "bem antes do fim do século", ecoando conselhos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (IPCC, na sigla em inglês) para que se tenha uma boa chance de limitar o aquecimento a níveis administráveis.

Os organizadores da conferência, parte dos esforços para criar ímpeto para um acordo internacional após diversos fracassos, afirmaram que o comunicado foi apoiado por 25 redes empresariais que representam mais de 6,5 milhões de empresas de mais de 130 países.

Ainda assim, a Cúpula de Negócios e Clima atraiu uma maioria de diretores-executivos europeus, enquanto grandes companhias norte-americanas e asiáticas se destacaram pela ausência.

O comunicado afirmou que as empresas acreditam que a meta de zerar as emissões é "compatível com o crescimento econômico contínuo".

"Não é mais possível fazer negócios como de costume", declarou Pierre-Andre de Chalendar, CEO do Saint-Gobain, grupo francês de materiais de construção.

Os cortes nas emissões podem ajudar a evitar perdas econômicas resultantes de secas, inundações e do aumento do nível do mar e trazem grandes benefícios, como diminuir a poluição do ar, causadora de milhões de mortes, especialmente em grandes nações emergentes como China e Índia, afirmou o IPCC.

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