Negócios

Empresas aumentam valor de vales para alimentação e refeição

Segundo pesquisa da consultoria Carreira Muller, crédito no cartão para alimentação cresceu 12% e para refeição, 11%, em relação ao ano passado


	Vale-refeição: valor médio mais alto é encontrado na Grande São Paulo, de R$ 24,50
 (Divulgação)

Vale-refeição: valor médio mais alto é encontrado na Grande São Paulo, de R$ 24,50 (Divulgação)

Luísa Melo

Luísa Melo

Publicado em 7 de julho de 2014 às 18h55.

São Paulo - Este ano, as empresas brasileiras estão oferecendo créditos 12% maiores para seus funcionários gastarem no cartão refeição e 11% maiores no alimentação, em relação ao ano passado.

Os dados são de um estudo feito pela consultoria Carreira Muller, que ouviu 408 companhias do país durante o mês de maio. 

Em ambos os casos, o aumento ficou acima da inflação registrada entre junho do ano passado e maio deste ano. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) somava 6,37% no acumulado do período.

Os números maiores, porém, devem ser visto com cuidado, segundo Flávio Pavan, gerente de pesquisas da Carreira Muller. Ele diz que nem sempre se trata de um desembolso real, já que o governo isenta as empresas de encargos sociais sobre o valor do benefício oferecido. De acordo com o executivo, algumas conseguem abater até 4% do Imposto de Renda com essa iniciativa.

No supermercado

Basicamente, o vale-alimentação pode ser concedido como cesta básica, ou como um cartão com um valor mensal para ser gasto em supermercados. Entre as empresas pesquisadas, a maioria (72%) opta pelo cartão, enquanto 24% preferem distribuir os alimentos. No ano passado, 62% das companhias concediam o cartão e 38% a cesta.

No caso da cesta básica, o valor médio do benefício concedido no país é de R$ 90,92, o que representa um aumento de 6% em relação a 2013, quando era de R$ 85,77. 

Curitiba é a cidade onde a cesta oferecida tem o valor médio mais alto, de R$ 103,83, e a menor cifra foi encontrada no sul de Minas Gerais, de R$ 74,32.

Por região, a maior média está na Sul (95,67), seguida pela Norte e Sudeste (R$ 95,54 e R$ 93,44 respectivamente). Os números mais baixos ficam com a região Nordeste (89,71) e Centro-Oeste (87,32).

Se considerado o cartão alimentação, a variação média do valor do crédito foi de 11%, de R$ 157,25 em 2013 para R$ 176,85 neste ano. 

Por regiões, as médias são as seguintes:

Região Valor
Norte R$ 194,39
Nordeste R$ 142,35
Centro-Oeste R$ 122,78
Sul R$ 164,22
Sudeste R$ 184,73

No restaurante

Já para o vale-refeição usado em restaurantes, o aumento do crédito diário foi de 12%, na média. Neste ano, o valor apurado foi de R$ 22,90, contra R$ 20,41 registrado em 2013. 

O valor médio mais alto para o benefício foi encontrado na Grande São Paulo, de R$ 24,50 e o mais baixo para Fortaleza (CE), de 17,68. 

Por regiões, as médias são as seguintes:

Região Valor
Norte R$ 23,00
Nordeste R$ 18,31
Centro-Oeste R$ 19,50
Sul R$ 20,92
Sudeste R$ 23,15

Entre as companhias que concedem esse cartão, 53% o fazem por uma política de recursos humanos e 47% por estar determinado em convenção coletiva. Segundo Pavan, os acordos trabalhistas entre empresas e funcionários têm maior peso na hora de definir os valores e mantê-los acima da inflação. 

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