Empresa gaúcha deverá quebrar o quase monopólio da Petrobras
A Bolognesi está próxima de fechar negócios de longo prazo para importar gás, quebrando o quase monopólio da Petrobras que já dura mais de uma década
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2015 às 19h46.
São Paulo - A holding gaúcha Bolognesi está próxima de fechar negócios de longo prazo para importar gás natural liquefeito (GNL), quebrando o quase monopólio no mercado de importação de gás natural detido pela Petrobras há mais de uma década.
A Bolognesi, que atua em construção e no setor de geração de energia, recebeu licenças no ano passado para construir e operar duas termelétricas movidas a gás. E optou por importações de GNL em vez do suprimento pela Petrobras, que fornece para quase a totalidade das termelétricas.
"Estamos negociando com dois supridores. Poderemos fechar com os dois ou com somente um, dependendo do final das negociações. Eles estão entre os cinco maiores fornecedores de GNL no mundo", afirmou Paulo Cezar Rutzen, vice-presidente da companhia gaúcha.
Procurada, a Petrobras não quis comentar sobre os movimentos da Bolognesi.
Os contratos em negociação serão para 25 anos de suprimento de GNL, acompanhando o período da licença para geração de energia das duas unidades, previstas para serem construídas em Rio Grande (RS) e em Pecém (CE).
Rutzen não quis revelar os nomes dos fornecedores com os quais negocia. Mas disse que os preços serão indexados aos valores de referência de Henry Hub, ponto de entrega de futuros de gás natural localizado em Louisiana.
Se a estratégia da Bolognesi for bem-sucedida, é provável que outros grupos privados que atuam com geração de energia no Brasil sigam esse rumo, o que poderia reduzir a dependência do fornecimento de gás da Petrobras, em um momento em que o país busca elevar a produção de energia.
"Acho que a partir do momento em que quebramos esse ciclo de não ter geração no Brasil baseada em GNL, creio que outros projetos similares virão", afirmou Rutzen.
Os dois complexos que a holding gaúcha pretende construir incluem as térmicas, de 1.200 megawatts cada, ligadas a terminais de regaseificação do GNL.
No total, os projetos, estimados em 6 bilhões de reais, terão capacidade de regaseificar 28 milhões de metros cúbicos de gás por dia (Mmc/d).
Para efeito de comparação, os três terminais que a Petrobras opera no Brasil possuem capacidade de regaseificar 41 Mmc/d.
Como as duas térmicas devem consumir 12 milhões de Mmc/d, os investidores possuem planos de comercializar ou utilizar o excedente de gás regaseificado em outros projetos.
Para isso, Rutzen diz que o fundo norte-americano do setor de energia EIG, que já é parceiro nos dois complexos, tem interesse em avaliar futuros empreendimentos.
Os primeiros dois complexos devem iniciar operações em dois anos.
São Paulo - A holding gaúcha Bolognesi está próxima de fechar negócios de longo prazo para importar gás natural liquefeito (GNL), quebrando o quase monopólio no mercado de importação de gás natural detido pela Petrobras há mais de uma década.
A Bolognesi, que atua em construção e no setor de geração de energia, recebeu licenças no ano passado para construir e operar duas termelétricas movidas a gás. E optou por importações de GNL em vez do suprimento pela Petrobras, que fornece para quase a totalidade das termelétricas.
"Estamos negociando com dois supridores. Poderemos fechar com os dois ou com somente um, dependendo do final das negociações. Eles estão entre os cinco maiores fornecedores de GNL no mundo", afirmou Paulo Cezar Rutzen, vice-presidente da companhia gaúcha.
Procurada, a Petrobras não quis comentar sobre os movimentos da Bolognesi.
Os contratos em negociação serão para 25 anos de suprimento de GNL, acompanhando o período da licença para geração de energia das duas unidades, previstas para serem construídas em Rio Grande (RS) e em Pecém (CE).
Rutzen não quis revelar os nomes dos fornecedores com os quais negocia. Mas disse que os preços serão indexados aos valores de referência de Henry Hub, ponto de entrega de futuros de gás natural localizado em Louisiana.
Se a estratégia da Bolognesi for bem-sucedida, é provável que outros grupos privados que atuam com geração de energia no Brasil sigam esse rumo, o que poderia reduzir a dependência do fornecimento de gás da Petrobras, em um momento em que o país busca elevar a produção de energia.
"Acho que a partir do momento em que quebramos esse ciclo de não ter geração no Brasil baseada em GNL, creio que outros projetos similares virão", afirmou Rutzen.
Os dois complexos que a holding gaúcha pretende construir incluem as térmicas, de 1.200 megawatts cada, ligadas a terminais de regaseificação do GNL.
No total, os projetos, estimados em 6 bilhões de reais, terão capacidade de regaseificar 28 milhões de metros cúbicos de gás por dia (Mmc/d).
Para efeito de comparação, os três terminais que a Petrobras opera no Brasil possuem capacidade de regaseificar 41 Mmc/d.
Como as duas térmicas devem consumir 12 milhões de Mmc/d, os investidores possuem planos de comercializar ou utilizar o excedente de gás regaseificado em outros projetos.
Para isso, Rutzen diz que o fundo norte-americano do setor de energia EIG, que já é parceiro nos dois complexos, tem interesse em avaliar futuros empreendimentos.
Os primeiros dois complexos devem iniciar operações em dois anos.