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Empresa de Eike, mineradora MMX, pede recuperação judicial

A MMX e a MMX Corumbá “não têm saída, senão a da recuperação judicial, mesmo tendo aguentado até agora a conjuntura adversa do país nos últimos anos"

Dívidas: a MMX e a MMX Corumbá “não têm saída", diz pedido de recuperação (Rich Press/Bloomberg)

Dívidas: a MMX e a MMX Corumbá “não têm saída", diz pedido de recuperação (Rich Press/Bloomberg)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 11h37.

São Paulo – A MMX Mineração e Metálicos e sua subsidiária MMX Corumbá, do empresário Eike Batista, entraram com pedido de recuperação judicial. A MMX Mineração, criada em 2005, é a holding do Grupo MMX no Brasil e tem dívidas de R$ 500 milhões. Já a MMX Corumbá tem uma dívida de R$ 1,2 milhão.

O principal credor da MMX é a MRS Logística, concessionária da antiga malha Sudeste da Rede Ferroviária Federal (RFFSA). As empresas divulgaram fato relevante no dia 25 de novembro.

De acordo com o pedido de recuperação, a MMX e a MMX Corumbá “não têm saída, senão a da recuperação judicial, mesmo tendo aguentado até agora, o que se deve, principalmente, à conjuntura adversa do país nos últimos anos”.

A subsidiária da holding MMX Sudeste, com foco em extração de minério de ferro em Minas Gerais, já estava em recuperação desde 2014. Por ser sua divisão mais rentável, esse processo abalou seriamente a holding.

Por isso, a MMX decidiu pedir a recuperação para todo o grupo. Segundo ela, o processo em conjunto tem vantagens como transparência e redução de custos do processo.

O Grupo MMX ainda controla a MMX Austria GmbH, MMX Corumbá Ind. E Com. De Minérios S.A. e Porto Sudeste Participações S.A. Estas empresas, embora façam parte do grupo, não possuem dívidas, motivo pelo qual não foram incluídas como impetrantes do processo de recuperação, segundo a companhia. A MMX Austria GmBh está em processo de encerramento e não possui qualquer atividade.

Elas seguem o caminho de outras companhias do grupo do empresário. Um exemplo é a a ex-OGX, agora chamada Óleo e Gás Participações ou OGPar, que está em recuperação desde outubro de 2013.

Já a Eneva (antiga MPX), deixou o status de recuperação judicial em junho desse ano. A empresa de energia de Eike Batista conseguiu pagar a maioria de seus credores dois anos após dar início à reestruturação.

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