Embraer sofre ataque "hacker" e diz não saber extensão dos danos
A Embraer informou que o ataque foi identificado no dia 25 de novembro. A empresa não relevou que tipo de informações foram vazadas
Os hackers teriam tido acesso, de acordo com a Embraer, a "apenas um ambiente de arquivos da companhia" (Roosevelt Cassio/Reuters)
1 de dezembro de 2020, 06h28
A Embraer informou na noite desta segunda-feira que sofreu um ataque hacker na semana passada, o que teria resultado "na divulgação de dados supostamente atribuídos à companhia na madrugada de 30 de novembro", segundo fato relevante. O GLOBO apurou que se tratou de um ransomware, tipo de ataque que restringe acesso a sistemas e que cobra um resgate de quem foi invadido.
Segundo a empresa, o ataque foi identificado no dia 25 de novembro. Os hackers teriam tido acesso, de acordo com a Embraer, a "apenas um ambiente de arquivos da companhia". A fabricante de aeronaves não relevou, no entanto, que tipo de informações foram vazadas.
Ao GLOBO, pessoas ligadas à empresa afirmam que a Embraer precisou desativar boa parte de seus servidores e que parte do backup também teria sido acessado pelos hackers.
Sob condição de anonimato, pessoas familiarizadas com o caso afirmam que os autores do ataque pediram uma espécie de resgate à companhia, que deveria ser pago em criptomoedas, o que dificultaria a identificação dos receptores dos recursos.
O GLOBO entrou em contato com a Embraer para questionar a companhia sobre o assunto, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.
Fontes informaram ainda que a Embraer ainda não restabeleceu todos os seus sistemas e que o ataque afetou o acesso, ao menos momentaneamente, de todos os funcionários que trabalhavam em home office.
Na ocasião, a equipe de tecnologia da informação da companhia disse aos colaboradores de que se tratava de uma instabilidade no sistema, e não de um ataque hacker.
No fato relevante divulgado ao mercado, a Embraer afirma que continua operando "com o uso de alguns sistemas em regime de contingência, sem impactos relevantes sobre suas atividades".
A Embraer trabalha com projetos de desenvolvimento de aeronaves e protótipos sigilosos e que, se forem vazados, podem afetar a competitividade da companhia no mercado aéreo.
No comunicado ao mercado, a empresa diz ainda que "está empreendendo todos os seus esforços para investigar as circunstâncias do ataque, avaliar se existem impactos sobre seus negócios e terceiros, e determinar as medidas a serem tomadas".
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