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Embraer deve elevar backlog após 3 anos de queda

Crescimento de pedidos de aviões comerciais ocorre após sucessivas quedas nos últimos três anos

Incluindo os contratos apresentados na feira, a Embraer conseguiu pedidos firmes por 99 aeronaves comerciais de janeiro a junho (Divulgação)

Incluindo os contratos apresentados na feira, a Embraer conseguiu pedidos firmes por 99 aeronaves comerciais de janeiro a junho (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2011 às 10h43.

Le Bourget - A Embraer caminha para registrar em 2011 crescimento em sua carteira de pedidos de aviões comerciais após queda nos últimos três anos, apesar de ter anunciado menos encomendas do que alguns analistas esperavam no salão de aeronáutica Paris Air Show.

A crise financeira e a recessão global de 2008 e 2009 tiveram sérios efeitos sobre a indústria aérea, motivando cancelamentos de pedidos para as principais fabricantes e postergação do recebimento de aviões por companhias aéreas.

Nesse cenário, a carteira firme de pedidos (backlog) da Embraer caiu nos fechamentos de 2008 a 2010, com os novos pedidos não sendo suficientes para repor as entregas de aviões feitas aos clientes.

Com as vendas de 39 aeronaves divulgadas em Le Bourget no começo desta semana, a Embraer praticamente empata o número de entregas de aviões programadas para 2011 com as encomendas fechadas até agora no ano.

Incluindo os contratos apresentados na feira, a Embraer conseguiu pedidos firmes por 99 aeronaves comerciais de janeiro a junho, enquanto a previsão de entregas é de 102 unidades até o final do ano.

"Nossa meta é ter pelo menos um pedido firme para cada entrega, para voltar a recompor o backlog. Nosso backlog vinha caindo, agora estabilizou. Vamos ver se conseguimos voltar a fazer o backlog crescer um pouco," disse à Reuters o presidente-executivo da Embraer, Frederico Curado, na véspera da abertura da feira aérea.

A Embraer espera firmar em breve contrato de até 10 jatos para a Republic Airlines. Há uma campanha com a Delta Air Lines --com desfecho esperado para outubro e que incluiria cerca de 100 jatos regionais. Outra concorrência envolve a companhia aérea Garuda, que comprará 25 jatos regionais Embraer ou Bombardier.

A Embraer não tem o costume de reservar encomendas para divulgar durante as grandes feiras de aviação, como fazem Boeing, Airbus e Bombardier. Mas invariavelmente investidores e analistas criam expectativas de que negócios serão fechados e apresentados nessas ocasiões.

Na segunda-feira, a Embraer anunciou o pacote de encomendas de cinco de 1,7 bilhão de dólares. Apesar disso, suas ações negociadas na Bovespa recuaram cerca de 2 por cento, pressionadas pela informação de que é pequena a chance de a companhia aérea JetBlue exercer as opções de compra de 100 jatos Embraer 190, que a valores de tabela presentes representariam mais de 4 bilhões de dólares.

A carteira financeira de pedidos firmes da Embraer estava em 16 bilhões de dólares em março, incluindo aviação comercial, executiva e defesa, alta de 400 milhões de dólares sobre dezembro mas longe do recorde histórico de 21,6 bilhões de dólares do final do terceiro trimestre de 2008, antes do aprofundamento da crise global.

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