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Com força na pandemia, a centenária Levi's divulga resultados

A Levi Strauss & Co, de 167 anos, voltou à bolsa de Nova York em 2020, tem tido resiliência e melhorou margens durante a pandemia

Levi's: expansão no Brasil inclui planos com a Riachuelo (Martina Albertazzi/Bloomberg/Bloomberg)

Levi's: expansão no Brasil inclui planos com a Riachuelo (Martina Albertazzi/Bloomberg/Bloomberg)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 8 de julho de 2021 às 06h45.

Última atualização em 8 de julho de 2021 às 11h21.

Apesar de seus mais de 160 anos, a marca de roupas Levi's tem pouco tempo com ações negociadas na bolsa de Nova York. A companhia chegou a ter capital aberto décadas atrás, mas saiu em 1980 e voltou apenas em 2020, na pandemia.

O ano que marcou a crise sanitária mundial e a entrada da marca dos clássicos jeans no mercado de ações teve bons resultados para a companhia, assim como esse primeiro semestre de 2021 tem indicado.

À primeira vista, os números foram piores do que em 2019, com queda na receita e vendas. No entanto, outros dados mostram como a marca teve resiliência em 2020 e no primeiro trimestre de 2021, principalmente devido à sua ampla presença no mundo, o que a protege de oscilações pontuais em cada país, ao bom crescimento do e-commerce e à força do nome Levi Strauss na moda. 

Nesta quinta-feira, a empresa divulga os resultados do segundo trimestre do ano. 

O ano fiscal de 2020 terminou com receita de 4,4 bilhões de dólares, enquanto 2019 tinha garantido a entrada de 5,7 bilhões de dólares a mais.

Mesmo com quedas nas receitas de todos os trimestres comparados com os de um ano antes, a margem bruta com as vendas roupas é um dado que cresceu na pandemia. Ou seja, a empresa está melhorando o quanto lucra em cada peça. Ela fechou 2020 em 54,6%, um crescimento de 30% na comparação anual.

Já no fim do primeiro trimestre deste ano, que teve uma receita de 1,3 billhão de dólares, a margem bruta aumentou mais ainda, para 58,2%, um recorde para a empresa. 

Para os dados do segundo semestre, a expectativa de analistas é de uma receita de 1,21 bilhão.

Outras dados que também foram positivos ao longo dos últimos trimestres e devem aparecer no balanço desta quinta-feira falam sobre o tamanho do e-commerce da companhia.

A receita da empresa representaram 10% do total líquido dno primeiro trimestre de 2021 e, no ano passado, no início da pandemia, a receita que chegava via esse canal digital era de 7%.

Apesar desses 10% hoje parecerem pouco, é preciso levar em conta a reabertura do comércio físico na maior parte da Europa e Estados Unidos ainda no primeiro trimestre deste ano.

No último resultado financeiro, o CEO da companhia, Harmit Singh, disse destacou a redução desses custos.

“Estamos bancando um desempenho superior e nossas perspectivas daqui para frente melhoraram com base nos fortes sinais de demanda que estamos vendo no mercado. Nós estamos entregando uma expansão substancial da margem bruta, mantendo nossa base de custos em linha com 2019 e investindo para acelerar o crescimento", disse.

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