Redação Exame
Publicado em 19 de dezembro de 2025 às 15h40.
A sueca Lovable acaba de movimentar o mercado global de tecnologia com um aporte de US$ 330 milhões em uma rodada Série B.
A startup, fundada com a missão de simplificar o desenvolvimento de software via inteligência artificial, alcançou a impressionante marca de US$ 6,6 bilhões em valor de marcado, mais que o triplo do registrado há apenas cinco meses.
O CEO Anton Osika não esconde a ambição de querer que sua empresa seja “a última peça de software que as companhias precisarão comprar”. A proposta é ousada, mas vem acompanhada de resultados concretos.
No mês anterior ao anúncio, a Lovable divulgou ter atingido US$ 200 milhões em receita recorrente anual (ARR), com uso crescente entre empresas globais que buscam agilidade e autonomia no desenvolvimento de soluções tecnológicas internas.
A base tecnológica da Lovable está na ideia de “vibe coding”, um processo no qual qualquer usuário, mesmo sem conhecimento técnico, descreve em linguagem natural a função que deseja implementar, e o sistema de IA gera automaticamente o código necessário.
A aposta é transformar cada colaborador em um potencial construtor de soluções. “Nossa missão é permitir que qualquer pessoa seja um builder”, afirmou Osika.
Essa lógica muda a dinâmica tradicional entre áreas de negócio e equipes de tecnologia, eliminando filas de desenvolvimento e acelerando a entrega de sistemas customizados.
Apesar do entusiasmo do mercado, o modelo de desenvolvimento automatizado não escapa das críticas. Especialistas apontam que o código gerado por IA pode conter ineficiências ou falhas de segurança, especialmente se aplicado em soluções críticas sem revisão técnica.
Também levanta questões sobre a manutenibilidade do código gerado por usuários não técnicos ao longo do tempo.
Esses alertas são relevantes para líderes de finanças, já que qualquer falha técnica pode impactar diretamente a operação, compliance e reputação da empresa. A adoção estratégica de ferramentas como Lovable exige, portanto, um equilíbrio entre agilidade e governança de TI, com processos de validação e segurança da informação bem definidos.
Para o CEO Anton Osika, o que torna a Lovable competitiva frente a gigantes como Google, OpenAI ou Anthropic, cujos modelos a empresa utiliza como base — é o foco no cliente final. Mesmo diante da concorrência direta dessas big techs, Osika aposta na entrega. “Lovable simplesmente funciona”, disse.
O diferencial está em permitir que a construção de software seja tão simples quanto digitar uma ideia — algo que, segundo ele, está se tornando uma realidade universal. A IA deixa de ser apenas uma ferramenta e passa a ser um meio de acelerar decisões e criar soluções no ritmo das demandas de negócio.
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