Nubank: empresa tem adotado a prática de compartilhar em seu site detalhes sobre a operação para ganhar confiança do mercado. (Nubank/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de março de 2019 às 09h32.
São Paulo - A fintech (startup de serviços financeiros) Nubank fechou o ano de 2018 com prejuízo de R$ 100,3 milhões, segundo divulgou nesta sexta-feira (29) a companhia em seu balanço financeiro anual.
As perdas foram 14% menores do que em 2017. A instituição divulgou ainda que aumentou sua base de usuários em 93% no ano passado, chegando a 5,9 milhões de clientes de seu cartão de crédito roxo.
Apesar de não ser uma empresa de capital aberto, cuja divulgação periódica dos resultados financeiros é obrigatória, o Nubank tem adotado a prática de compartilhar em seu site detalhes sobre a operação para ganhar confiança do mercado.
No relatório, a companhia disse que registrou R$ 1,23 bilhão em receitas em 2018, com a soma entre o faturamento operacional e financeiro (juros e rendimentos). O valor é 2,2 vezes superior aos R$ 567,3 milhões registrados em 2017.
Por outro lado, as despesas operacionais do Nubank também subiram em 2018: os gastos foram 82% maiores do que em 2017 - a empresa não detalhou os motivos.
Outro destaque registrado pela startup, ao longo do ano passado, foi o crescimento da NuConta, nome dado ao serviço de conta digital da empresa. Lançada em maio para o público em geral, a NuConta tem 3 milhões de clientes e registrou valor total de depósitos de R$ 2,43 bilhões.
Além de cartão de crédito, alguns usuários da conta digital já têm tido acesso a operações de cartão de débito e empréstimos pessoais pelo serviço.
O Nubank hoje é considerado a maior fintech brasileira. Está avaliado em US$ 4 bilhões desde outubro do ano passado, quando recebeu US$ 180 milhões em aportes, num grupo liderado pela chinesa Tencent.
A empresa já recebeu cinco rodadas de investimentos desde sua fundação, em 2013, pelo colombiano David Vélez. Entre os fundos que investiram na startup, estão alguns dos principais nomes do Vale do Silício, como a Sequoia Capital e o Ribbit Capital, bem como o latino Kaszek Ventures.