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Eletronuclear e Westinghouse decidem ampliar vida útil de Angra 1

Unidade, primeira usina nuclear do país, foi construída para operar 40 anos, mas obras poderiam estender esse prazo por mais 20 anos

Usinas nucleares de Angra 1 e Angra 2: eletronuclear prepara um modelo de negócios que possa atrair investidores privados (Paulo Fridman/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 31 de janeiro de 2020 às 08h44.

Última atualização em 31 de janeiro de 2020 às 08h49.

Rio de Janeiro — A Eletronuclear e a americana Westinghouse assinarão na próxima segunda-feira, durante o Fórum de Energia Brasil-Estados Unidos, no Rio,  uma carta de intenções  visando a extensão da vida útil da usina nuclear de Angra 1, situada em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro.

A unidade foi construída para operar 40 anos, mas obras poderiam estender esse prazo por mais 20 anos.

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De acordo com fontes próximas, o custo necessário para essas obras é da ordem de R$ 1,2 bilhão. O pedido solicitando o aumento da  vida útil da usina já está em processo de análise na Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), órgão regulador do setor nuclear do país.

A usina de Angra 1 foi a primeira central nuclear do país, construída pela Westinghouse, e entrou em operação  em 1985, completando 40 anos em 2024. Com as obras, poderia funcionar até 2044.

Além de Angra 1, o Brasil tem em operação a usina nucelar de Angra 2,  a primeira a fazer parte do  antigo acordo nuclear Brasil-Alemanha, assinado pelos dois países em 1975, durante o governo militar. O acordo previa a construção de oito usinas nucleares, mas até agora só Angra 2 está em operação.

A segunda usina prevista no acordo, Angra-3, cuja construção teve início nos anos 1980, está com as obras paralisadas desde 2016 devido às investigações da Operação lava-Jato.

A Eletronuclear prepara um modelo de negócios que possa atrair investidores privados, uma vez que o setor nuclear é monopólio da União,  para a conclusão das obras até 2025.

O Fórum de Energia Brasil-Estados Unidos contará com a presença do secretário de Energia dos EUA, Dan Brouillette.

“O evento é uma iniciativa para promover a segurança, o comércio e o investimento em energia entre os dois países”, afirmou a pasta de Minas e Energia. A agenda incluirá “reuniões governamentais e com o setor privado”.

Os brasileiros pretendem discutir com os EUA cooperação com foco nas áreas de petróleo e gás, energia nuclear e eletricidade/eficiência energética, acrescentou o ministério.

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