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Eletrobras tem prejuízo de R$10,4 bi no 4º trimestre

Baixa contábil somou mais de R$ 2 bilhões negativos ao resultado final, em grande parte por causa do investimento na usina nuclear de Angra 3

Obras da usina Angra 3: baixa contábil ajudou a pesar no resultado negativo da Eletrobras para o 4º trimestre (Divulgação/Eletronuclear)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2016 às 07h47.

São Paulo - A Eletrobras registrou prejuízo atribuído aos controladores de R$ 10,327 bilhões no quarto trimestre de 2015, um valor quase nove vezes acima do resultado também negativo reportado no quarto trimestre de 2014, de R$ 1,196 bilhão.

No total do ano de 2015, o prejuízo atribuído aos controladores foi de R$ 14,442 bilhões, quase cinco vezes superior ao prejuízo de R$ 3,031 bilhões de 2014.

Entre as variáveis que afetaram o resultado, a Eletrobras informa a ajuste contábil em ativos (impairments) de R$ 2,605 bilhões, influenciado pelo impairment de R$ 1,588 bilhão de Angra 3, que ocorreu, principalmente, no aumento da taxa de desconto e alteração na data de entrada em operação da Usina Termonuclear de Angra 3.

A Eletrobras destaca ainda despesas relativas à provisão e pagamento de processos judiciais envolvendo empréstimo compulsório de R$ 5,019 bilhões.

Entre outras variáveis aparece a redução de 155% da receita de venda de energia de curto prazo, influenciada pela queda do PLD e pela sazonalidade; o efeito negativo relacionado à Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da "Parcela A" (CVA), no valor de R$ 339 milhões; a diminuição da remuneração das indenizações relativas a 1ª tranche da Lei 12.783/13, que fizeram a conta de remuneração das indenizações passar de um montante positivo de R$ 131 milhões no terceiro trimestre de 2015 para um montante negativo de R$ 880 milhões no quarto trimestre; o aumento de 20% na receita de fornecimento no segmento de distribuição, influenciada pelo reajuste anual; e a redução de 34% na despesas de energia comprada para revenda.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das empresas controladas da Eletrobras entre outubro e dezembro de 2015 ficou negativo em R$ 4,081 bilhões, ante Ebitda negativo de R$ 2,754 bilhões no trimestre exatamente anterior.

No acumulado do ano, o Ebitda de empresas controladas foi negativo em R$ 5,106 bilhões, ante um número positivo de R$ 3,970 bilhões em 2014.

Já o Ebitda ajustado consolidado em todo o ano de 2015 ficou positivo em R$ 2,853 bilhões, um avanço de 148% contra 2014.

A receita operacional líquida somou R$ 7,861 bilhões no quarto trimestre de 2015, uma redução de 18,7% em relação ao quarto trimestre de 2014. No acumulado do ano, a receita totalizou R$ 32,598 bilhões, 8,13% acima do ano anterior.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 1,686 bilhão no quarto trimestre do ano, ante resultado também negativo de R$ 343 milhões apurado no terceiro trimestre de 2015.

Em 2015, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,699 bilhão ante uma receita líquida de R$ 695 milhões em 2014.

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No total do ano de 2015, o prejuízo atribuído aos controladores foi de R$ 14,442 bilhões, quase cinco vezes superior ao prejuízo de R$ 3,031 bilhões de 2014.

Entre as variáveis que afetaram o resultado, a Eletrobras informa a ajuste contábil em ativos (impairments) de R$ 2,605 bilhões, influenciado pelo impairment de R$ 1,588 bilhão de Angra 3, que ocorreu, principalmente, no aumento da taxa de desconto e alteração na data de entrada em operação da Usina Termonuclear de Angra 3.

A Eletrobras destaca ainda despesas relativas à provisão e pagamento de processos judiciais envolvendo empréstimo compulsório de R$ 5,019 bilhões.

Entre outras variáveis aparece a redução de 155% da receita de venda de energia de curto prazo, influenciada pela queda do PLD e pela sazonalidade; o efeito negativo relacionado à Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da "Parcela A" (CVA), no valor de R$ 339 milhões; a diminuição da remuneração das indenizações relativas a 1ª tranche da Lei 12.783/13, que fizeram a conta de remuneração das indenizações passar de um montante positivo de R$ 131 milhões no terceiro trimestre de 2015 para um montante negativo de R$ 880 milhões no quarto trimestre; o aumento de 20% na receita de fornecimento no segmento de distribuição, influenciada pelo reajuste anual; e a redução de 34% na despesas de energia comprada para revenda.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) das empresas controladas da Eletrobras entre outubro e dezembro de 2015 ficou negativo em R$ 4,081 bilhões, ante Ebitda negativo de R$ 2,754 bilhões no trimestre exatamente anterior.

No acumulado do ano, o Ebitda de empresas controladas foi negativo em R$ 5,106 bilhões, ante um número positivo de R$ 3,970 bilhões em 2014.

Já o Ebitda ajustado consolidado em todo o ano de 2015 ficou positivo em R$ 2,853 bilhões, um avanço de 148% contra 2014.

A receita operacional líquida somou R$ 7,861 bilhões no quarto trimestre de 2015, uma redução de 18,7% em relação ao quarto trimestre de 2014. No acumulado do ano, a receita totalizou R$ 32,598 bilhões, 8,13% acima do ano anterior.

O resultado financeiro ficou negativo em R$ 1,686 bilhão no quarto trimestre do ano, ante resultado também negativo de R$ 343 milhões apurado no terceiro trimestre de 2015.

Em 2015, o resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,699 bilhão ante uma receita líquida de R$ 695 milhões em 2014.

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