Vertedouro da Usina Itaipu, da Eletrobras: caso estatal receba os R$ 12 bilhões inicialmente esperados, renovação de concessões terá gerado receita adicional de R$ 26 bilhões (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2013 às 16h16.
Rio - O diretor-presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, afirmou que a estatal federal trabalha com a hipótese de receber mais do que os R$ 12 bilhões inicialmente previstos como indenização dos ativos de transmissão anteriores a 2000 e dos investimentos em melhorias feitos nos ativos existentes.
"Se recebermos mais do que R$ 12 bilhões, isso entrará como lucro", afirmou o executivo, que participou hoje de almoço de fim de ano com jornalistas promovido pela estatal federal.
O executivo evitou precisar uma data de quando a Eletrobras começará a receber essa receita, que será paga pelo governo federal ao longo de 30 anos. Contudo, Carvalho Neto afirmou que a estatal já enviou todas as informações necessárias para que as indenizações pudessem ser calculadas e pagas pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"Acreditamos que vamos ter êxito, e as nossas simulações indicam que podemos receber mais do que R$ 12 bilhões", disse o executivo, sem revelar qual seria o novo valor esperado pela empresa.
Caso a estatal receba os R$ 12 bilhões inicialmente esperados, a renovação das concessões terá gerado uma receita adicional de R$ 26 bilhões, considerando os R$ 14 bilhões que estão sendo recebidos atualmente do governo até meados de 2015.
O executivo reconheceu que esse montante é inferior ao saldo contabilizado em seu balanço, que é de R$ 31 bilhões. "Essa perda de R$ 5 bilhões já foi reconhecida no nosso balanço", afirmou.
Essa receita de R$ 26 bilhões é uma das fontes de recursos para financiar os investimentos do grupo até 2017, que contabilizam R$ 52,4 bilhões. Nas contas da Eletrobras, a receita de R$ 26 bilhões também é capaz de alavancar investimentos de R$ 156 bilhões, considerando nessa conta que a empresa investe em novos projetos em parceria e que, na sua parcela do investimento, pelo menos 70% são financiados por bancos.