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Eletrobras: no azul, mas sem alívio

A semana que se inicia é a última da temporada de balanços de 2016. Para começar, hoje, a maior companhia de energia do país deve trazer números fora de seu padrão. A expectativa é de que a Eletrobras apresente um lucro anual pela primeira vez desde 2011. A companhia deve apresentar uma receita de 47,4 […]

WILSON FERREIRA JÚNIOR, DA ELETROBRAS: a companhia voltou ao azul, mas há muito trabalho pela frente  / Germano Lüders

WILSON FERREIRA JÚNIOR, DA ELETROBRAS: a companhia voltou ao azul, mas há muito trabalho pela frente / Germano Lüders

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2017 às 06h27.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h00.

A semana que se inicia é a última da temporada de balanços de 2016. Para começar, hoje, a maior companhia de energia do país deve trazer números fora de seu padrão. A expectativa é de que a Eletrobras apresente um lucro anual pela primeira vez desde 2011. A companhia deve apresentar uma receita de 47,4 bilhões de reais e um lucro de 10,3 bilhões de reais para o ano de 2016, ante o prejuízo de 14,4 bilhões de reais em 2015.

Os bons números fazem parte de um ajuste de contas em que a Eletrobras vem trabalhando sob o comando do engenheiro Wilson Ferreira, que assumiu a companhia no fim de julho. O lucro é importante, mas investidores também estarão atentos à dívida da companhia, que até o terceiro trimestre beirava os 45 bilhões de reais – oito vezes sua geração de caixa.

Os desafios de Ferreira estão só começando. O Plano Diretor de Negócios e Gestão das Empresas Eletrobras (PDNG) para o período 2017/2021 apresentado por Ferreira traz tarefas árduas para este ano. A Eletrobras planeja desembolsar 2,5 bilhões de reais com os planos de demissão voluntária e de incentivo à aposentadoria de seus funcionários previstos para este ano. O objetivo é cortar 5.000 funcionários. O plano inclui também impulsionar a venda de ativos para reduzir seu endividamento. A expectativa é arrecadar 4,6 bilhões de reais com a venda de participações em Sociedades de Propósito Específico.

A principal meta é se livrar das endividadas distribuidoras de energia, que sugam 2 bilhões de reais por ano em prejuízos. A venda dessas empresas deve acontecer, se tudo der certo, no fim do ano. “Com tudo que vai ser feito ao longo de 2017, como resultado disso imaginamos que, em 2018, as nossas despesas, se comparadas com 2016, terão uma redução de cerca de 1,7 bilhão de reais por ano”, disse Ferreira durante a apresentação do plano em novembro do ano passado.

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