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Eleição de Trump ainda não interfere em planos da Weg no México

Segundo diretor de finanças e Relações com Investidores da empresa, 40% do volume produzido no México é exportado, dos quais 80% para os EUA

WEG: "O impacto na competitividade de longo prazo das nossas operações mexicanas ainda é incerto, mas a desvalorização do peso deixou de imediato nossas operações mais competitivas" (Germano Lüders/EXAME.com)
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Reuters

Publicado em 23 de fevereiro de 2017 às 15h57.

São Paulo - A Weg avalia que ainda é cedo para mensurar como o governo de Donald Trump pode interferir na competitividade das operações da empresa no México, afirmou nesta quinta-feira o diretor de finanças e Relações com Investidores da empresa, Paulo Geraldo Polezi.

"O impacto na competitividade de longo prazo das nossas operações mexicanas ainda é incerto, mas a desvalorização do peso deixou de imediato nossas operações mais competitivas", comentou Polezi em teleconferência sobre os resultados do quarto trimestre.

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Ele disse ainda que o México é uma importante base de produção para Weg e a empresa por enquanto não pretende mudar os planos de expansão no país.

Segundo Polezi, 40 por cento do volume produzido no México é exportado, dos quais 80 por cento para os Estados Unidos.

No Brasil, a fabricante de motores elétricos e tintas industriais espera uma normalização da economia ao longo de 2017.

"Esperamos que a Weg apresente crescimento em receita, margens e retorno de capital investido", comentou André Luís Rodrigues, diretor superintendente administrativo financeiro.

Em 2016, a Weg teve lucro líquido de 1,118 bilhão de reais, queda de 3,3 por cento ante 2015. A receita operacional líquida encolheu 4 por cento, para 9,367 bilhões, enquanto o Ebitda caiu 4,8 por cento, para 1,407 bilhão de reais.

Rodrigues ponderou, contudo, que se a retomada da economia brasileira for mais lenta que o esperado, a Weg pode voltar a reduzir as jornadas de trabalho, assim como fez no ano passado.

Em geral, ambos os executivos adotam perspectiva positiva para as operações no país, considerando a melhora do ambiente regulatório e a expectativa de novos leilões na área de energia.

Conforme eles, os negócios de ciclo longo, que se concentram principalmente em atividades de geração e transmissão, devem exibir recuperação mais forte a partir do segundo semestre de 2017.

"Vamos trabalhar para formação da carteira, à medida que esses leilões aconteçam", afirmou Polezi. Questionados sobre as margens, os executivos disseram que o repasse de eventual aumento em custos de matérias-primas, incluindo aço e cobre, deve ser administrável neste ano.

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