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Eike busca sócio em termoelétrica no Chile

Empresário busca investidor parceiro na construção do complexo de energia Castilla que exigirá US$ 4,4 bilhões

Eike Batista: projeto de Castilla, no Chile, inclui seis unidades de energia (.)

Tatiana Vaz

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

São Paulo - Há alguns dias, representantes de Eike Batista estão em contato com empresas multinacionais e fundos de investimentos em busca de um sócio na termoelétrica Castilla, que será construída na região do Atacama, no Chile. Os investimentos seriam feitos por meio de uma das empresas de Eike, a CGX. As informações foram divulgadas no jornal chileno El Mercúrio.

O projeto de Castilla Central inclui seis unidades a carvão de 350 megawatts cada, além de outras duas a diesel para adicionar 2.300 MW. O projeto completo envolve investimentos de cerca de 4,4 bilhões de dólares.

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De acordo com analistas do setor, busca por um parceiro faz parte da estratégia de Eike de reiterar os aportes na construção da termoelétrica mesmo frente ao rechaço de organizadores ambientalistas e moradores de zonas próximas ao futuro projeto. A iniciativa foi considerada ilegal e barrada pela Justiça do Chile, pelos danos ambientais que geraria à região do Atacama.

Com a entrada de um sócio no projeto, Batista poderia adaptar o cronograma de entrega da termoelétricas às exigências ambientais, em paralelo ao investimento na construção de outras termoelétricas de menor porte no Brasil.

Interferência do governo

A capacidade de geração de energia da termoelétrica chilena de Eike é quatro vezes maior que a Central Barracones, termoelétrica que teve sua construção cancelada a pedido do presidente do país, Sebastián Piñera.

Isso teria antecipado o prazo de entrega da Castilla, que será acompanhado de perto pelo governo federal - a preocupação é de que o cancelamento da termoelétrica de Eike, também por questões ambientais, poderia afetar o abastecimento de energia no país a longo prazo. A questão foi discutida recentemente na sede do governo por Piñera, o Ministro da Energia do Chile, Ricardo Raineri, e executivos de CGX.

Os opositores do projeto, como o senador Guido Girardi, pediu ao presidente Lula que interceda Batista antes de finalmente parar o projeto, diz a reportagem. A oposição à iniciativa aumentou substancialmente após a decisão do governo de transferir o local da Central Barrancones Suez para fora de Punta de Choros - norte do país, onde estariam instaladas as futuras termoelétricas do empresário brasileiro.

O plano da Comissão Nacional de Energia (CNE) de projeção da oferta de geração de energia do país inclui a instalação de cerca de dez centrais elétricas a carvão na região norte do Chile.
Mais informações sobre Eike Batista.

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