Efeito estufa: gases atmosféricos como dióxido de carbono, vapor d'água, metano e ozônio retém calor, fazendo com que a superfície da Terra aqueça com a luz do sol (Surasak Suwanmake/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2022 às 15h50.
Última atualização em 5 de outubro de 2022 às 16h08.
Um dos problemas a serem combatidos no planeta é o aquecimento global. A razão para isso é o aumento dos gases de efeito estufa produzidos pelo homem, que levaram a crises sanitárias, ecológicas e humanitárias.
No entanto, enfrentar as mudanças climáticas induzidas pelo efeito estufa é uma das ações das empresas que adotam a abordagem ESG. Assim, se criam oportunidades reais para a transição para uma sociedade de baixo carbono, mais empregos, inovação e justiça social.
Por essa razão, efeito estufa e aquecimento global são dois temas que passaram a ser amplamente discutidos não só entre os membros da sociedade e governos, mas também no meio corporativo.
O efeito estufa é um processo físico em que acontece a emissão de uma parcela da radiação infravermelha na superfície da Terra. Assim, os gases da atmosfera, também conhecidos nesse caso como gases do efeito estufa, absorvem essa radiação.
De toda a energia que a Terra recebe do sol, na forma de radiação infravermelha, parte é refletida de volta ao espaço pela atmosfera. No entanto, a outra parte é absorvida pela atmosfera, que retém a luz solar e impede que ela retorne ao espaço, aquecendo o planeta.
Dessa forma, gases atmosféricos como dióxido de carbono, vapor d'água, metano e ozônio retém o calor chamado de gases de efeito estufa. Isso faz com que a superfície da Terra aqueça com a luz do sol.
À noite, a superfície da Terra esfria, liberando calor de volta ao ar. Mas parte do calor é retido por gases de efeito estufa na atmosfera. Isso é o que mantém a Terra quente e confortável em média. Mas afinal, como ocorre o efeito estufa?
Como mencionado anteriormente, o efeito estufa é um fenômeno natural. No entanto, o aumento dos gases de efeito estufa está diretamente relacionado às atividades humanas. A queima de combustíveis fósseis, como carvão e petróleo, intensificou-se desde a Revolução Industrial.
A sociedade aprendeu a depender fortemente do gás natural e do petróleo para necessidades comuns. Isso inclui viagens aéreas, deslocamentos, aquecimento de casas e carregamento de dispositivos eletrônicos. Esse fator levou ao aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera.
Além disso, o desmatamento desempenha um papel importante nas mudanças climáticas. As árvores ajudam a regular o clima ao absorver CO₂ da atmosfera. No entanto, quando são derrubadas, esse efeito positivo se perde e o carbono armazenado nas árvores é liberado na atmosfera.
Como resultado do aumento do efeito estufa, o clima em todo o mundo está mudando. Essa mudança vem aumentando a gravidade e a frequência de tempestades, ondas de calor, incêndios florestais e chuvas fortes.
Além disso, a perturbação climática vem causando o aumento do nível do mar, a acidificação dos oceanos, a extinção de espécies vegetais e animais e o degelo do permafrost, camada do subsolo da crosta terrestre que deveria estar congelada.
Importante destacar que as consequências do efeito estufa podem ser sentidos em toda a agricultura global. Apesar disso, isso pode se dar de maneira diferente entre o mundo amplamente desenvolvido e o mundo tropical em desenvolvimento.
A produtividade de diferentes culturas diminui drasticamente quando a temperatura não lhes convém. Com isso, países em desenvolvimento com climas mais quentes sentem os efeitos do aumento das temperaturas de forma muito mais significativa do que os países desenvolvidos com um clima mais temperado.
Para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, é importante:
ESG (Environmental, Social and Governance) significa fatores de investimento ambientais, sociais e de governança. Os fatores ESG, embora não financeiros, têm implicações significativas para as estratégias de mitigação de risco, conformidade e investimento.
Como resultado, todas as partes interessadas estão agora mais conscientes dos impactos negativos das mudanças climáticas. Empresas, clientes e investidores esperam que as organizações sejam transparentes sobre seus riscos relacionados ao clima.
As empresas que não são transparentes sobre os riscos relacionados às mudanças climáticas podem comprometer sua lucratividade e reputação corporativa.
Como resultado, empresas com o compromisso ESG já possuem soluções tecnológicas que estão lhe ajudando a trazer impactos significativos ao meio ambiente, especialmente a diminuição do efeito estufa.
Tais soluções visam monitorar as emissões de carbono, o gerenciamento de resíduos, energia e consumo de água da empresa. Com isso, se tem informações em tempo real sobre esses aspectos, resultando em relatórios precisos de riscos climáticos e melhor reputação corporativa.
Investir em ESG permite que as empresas lidem com as mudanças climáticas por meio de inovações que reduzem as emissões de gases de efeito estufa. Entretanto, seus benefícios vão além da redução de emissões.
Por exemplo, o estabelecimento de instalações de energia renovável pode criar mais empregos. A gestão sustentável de resíduos reduz a poluição e torna os locais de trabalho e as comunidades mais seguros e saudáveis para as pessoas viverem e trabalharem.
Em resumo, ao investir em ESG, as empresas, as sociedades e o meio ambiente têm potencial para serem saudáveis.
Devido ao aquecimento global e efeito estufa, crises de saúde e tensões sociais em todo o mundo, os investidores querem ter um impacto positivo na sociedade e no planeta. O impacto dos investimentos ESG na redução das emissões de gases de efeito estufa provavelmente aumentará devido a um aumento no número de investidores ESG, melhor desempenho financeiro de investimentos relacionados a ESG e aumento das iniciativas regulatórias.
Apesar de alguns desafios, incluindo terminologia inconsistente, grandes quantidades de dados para analisar e diferentes critérios de classificação, os investimentos ESG podem desempenhar um papel importante para influenciar as entidades a reduzir suas pegadas de carbono.
Em suma, um aumento no número de investidores ESG e seus ativos, maior desempenho financeiro de investimentos sustentáveis e maiores iniciativas regulatórias aumentarão o impacto dos investimentos dessa categoria na redução das emissões de gases de efeito estufa.
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