Usina da EDF: empresa francesa venderá sua fatia na CENG à Exelon pelo valor justo de sua participação auferido entre janeiro de 2016 e junho de 2022 (Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 30 de julho de 2013 às 12h14.
Paris - A empresa francesa EDF, maior operadora mundial de usinas nucleares, está saindo do negócio de energia nuclear nos Estados Unidos, curvando-se à realidade de um mercado que tem sido transformado pelo barato gás de xisto.
Vários reatores nucleares nos EUA foram ou estão sendo fechados diante dos grandes investimentos necessários para estender sua vida útil, num momento em que a energia nuclear tem sido decisivamente minada pela eletricidade gerada a partir do gás de xisto.
"A queda espetacular do preço do gás nos EUA, que era inimaginável há alguns anos, tornou esta forma de energia ultra-competitiva em relação a outras", disse o presidente-executivo da EDF, Henri Proglio, em entrevista coletiva.
A EDF fez um acordo com a parceira Exelon sobre uma saída da joint venture Constellation Energy Group Nuclear (CENG), que opera cinco usinas nucleares nos Estados Unidos, com uma capacidade total de 3,9 gigawatts.
A empresa francesa venderá sua fatia na CENG à Exelon pelo valor justo de sua participação auferido entre janeiro de 2016 e junho de 2022. A EDF também receberá um dividendo excepcional da CENG de 400 milhões de dólares, disse a empresa.
O lucro da companhia no primeiro semestre antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) subiu 6,9 por cento, para 9,7 bilhões de euros, com o lucro líquido avançando 3,5 por cento, a 2,9 bilhões.
A EDF disse que, em função da forte performance da sua rede nuclear na França e da renegociação de contratos italianos de gás, a empresa aumentou a perspectiva de crescimento do lucro principal em 2013 para no mínimo 3 por cento, ante faixa anterior de 0 a 3 por cento.