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EBX, de Eike, representava 26% dos investimentos da Mubadala

Fundo soberano de Abu Dhabi e grupo de Eike renegociam os termos dos 2 bilhões de dólares que árabes investiram

Eike: árabes do Mubadala apostaram alto nos negócios do bilionário (Divulgação/IMX)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 13h59.

São Paulo – Concentrar investimentos é uma prática desaconselhada pela maioria dos assessores financeiros. Mas o fundo soberano de Abu Dhabi, o Mubadala, parece não ter se importado com os riscos do Grupo EBX , de Eike Batista . Segundo o relatório anual do fundo, os 2 bilhões de dólares aportados na holding brasileira representavam, em 2012, 26% da carteira de empréstimos dos árabes.

A informação consta na página 96 das demonstrações, na qual o Mubadala detalha que, dos 28,625 bilhões de dirham (a moeda local, ou cerca de 7,8 bilhões de dólares), 26% dos empréstimos foram para “uma terceira parte, com seguro adequado”.

Essa fatia de 26% corresponde a 4,285 bilhões de dirham, ou 2 bilhões de dólares. Embora o Grupo EBX não seja citado explicitamente, esta operação de empréstimo refere-se ao acordo com Eike. A informação de que esta “terceira parte” é a EBX foi confirmada por um porta-voz do Mubadala ao americano The Wall Street Journal, quando o veículo publicou uma reportagem sobre os números do fundo, em abril.

Aposta

A fatia representa o tamanho da aposta do Mubadala nos negócios do bilionário brasileiro, e só perde para os 55% de empréstimos com partes relacionadas, que também constam do balanço.

Segundo informou na página 67 de suas demonstrações, o dinheiro aportado na EBX embutia uma taxa de juros de 7,5%, com vencimento em cinco anos, renováveis por mais dois. A operação contava com garantias, incluindo bens pessoais, segundo o relatório.

Os problemas de Eike começaram em meados do ano passado, quando a sua petroleira, OGX, rebaixou sua previsão de produção de 20.000 para 5.000 barris diários e detonou uma crise de confiança que derrubou o valor das ações de todas as empresas do grupo.

Em dia

Apesar de o balanço se referir a um período em que a EBX já enfrentava problemas, o Mubadala não incluiu os empréstimos como “em atraso” (past due) ou de “devedor duvidoso” (impaired).

Nesta quarta-feira, a EBX informou, numa curta e lacônica nota, que concluiu a renegociação das dívidas com o Mubadala, e resgatou uma “fatia significativa” do investimento do fundo árabe. Os 2 bilhões de dólares injetados garantiram 5,63% de participação na EBX. A holding não detalhou, porém, qual é a nova fatia detida pelo fundo, após essa reestruturação, nem os valores envolvidos.

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São Paulo – Concentrar investimentos é uma prática desaconselhada pela maioria dos assessores financeiros. Mas o fundo soberano de Abu Dhabi, o Mubadala, parece não ter se importado com os riscos do Grupo EBX , de Eike Batista . Segundo o relatório anual do fundo, os 2 bilhões de dólares aportados na holding brasileira representavam, em 2012, 26% da carteira de empréstimos dos árabes.

A informação consta na página 96 das demonstrações, na qual o Mubadala detalha que, dos 28,625 bilhões de dirham (a moeda local, ou cerca de 7,8 bilhões de dólares), 26% dos empréstimos foram para “uma terceira parte, com seguro adequado”.

Essa fatia de 26% corresponde a 4,285 bilhões de dirham, ou 2 bilhões de dólares. Embora o Grupo EBX não seja citado explicitamente, esta operação de empréstimo refere-se ao acordo com Eike. A informação de que esta “terceira parte” é a EBX foi confirmada por um porta-voz do Mubadala ao americano The Wall Street Journal, quando o veículo publicou uma reportagem sobre os números do fundo, em abril.

Aposta

A fatia representa o tamanho da aposta do Mubadala nos negócios do bilionário brasileiro, e só perde para os 55% de empréstimos com partes relacionadas, que também constam do balanço.

Segundo informou na página 67 de suas demonstrações, o dinheiro aportado na EBX embutia uma taxa de juros de 7,5%, com vencimento em cinco anos, renováveis por mais dois. A operação contava com garantias, incluindo bens pessoais, segundo o relatório.

Os problemas de Eike começaram em meados do ano passado, quando a sua petroleira, OGX, rebaixou sua previsão de produção de 20.000 para 5.000 barris diários e detonou uma crise de confiança que derrubou o valor das ações de todas as empresas do grupo.

Em dia

Apesar de o balanço se referir a um período em que a EBX já enfrentava problemas, o Mubadala não incluiu os empréstimos como “em atraso” (past due) ou de “devedor duvidoso” (impaired).

Nesta quarta-feira, a EBX informou, numa curta e lacônica nota, que concluiu a renegociação das dívidas com o Mubadala, e resgatou uma “fatia significativa” do investimento do fundo árabe. Os 2 bilhões de dólares injetados garantiram 5,63% de participação na EBX. A holding não detalhou, porém, qual é a nova fatia detida pelo fundo, após essa reestruturação, nem os valores envolvidos.

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