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EADS e BAE Systems anunciam fracasso de plano de fusão

Com a decisão, fica impedida a formação do que seria o maior grupo aeroespacial do mundo


	Logos da EADS e da BAE Systems: desde o início, a fusão não foi totalmente aceita pelos governos da França e Alemanha
 (Christof Stache/AFP)

Logos da EADS e da BAE Systems: desde o início, a fusão não foi totalmente aceita pelos governos da França e Alemanha (Christof Stache/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 11h19.

Berlim - As companhias europeias EADS e BAE Systems anunciaram nesta quarta-feira em comunicado que suas negociações sobre o plano de fusão fracassaram e acabaram impedindo a formação do que seria o maior grupo aeroespacial do mundo.

As companhias "decidiram encerrar as conversas" em relação a "uma possível combinação de seus negócios", possibilidade anunciada no último dia 12 de setembro, porque "as negociações com os governos relevantes", em referência aos Executivos da Alemanha, França e Reino Unido, não alcançaram o ponto que ambas as companhias haviam firmado para essa fusão.

Na mesma nota, o presidente da britânica BAE Systems, Ian King, assegurou estar "decepcionado" pelo fato de "não serem capazes de alcançar um acordo aceitável pelos governos acionistas".

Já Tom Enders, presidente do consórcio europeu EADS, assinalou que é "uma pena" que a fusão "não tenha tido êxito". "Mas, estou satisfeito de ter tentado. Tenho certeza que haverá outros desafios no futuro que possamos enfrentar juntos", completou Enders.

As duas empresas também "consideraram que a fusão estava baseada em uma sólida lógica industrial e representava uma oportunidade para criar uma combinação de duas companhias fortes e bem-sucedidas".

Segundo a EADS e a BAE Systems, a fusão possibilitaria um negócio combinado mais competitivo e com maior potencial de crescimento nos setores da aeronáutica comercial e da defesa, o que poderia apresentar "lucros tangíveis a todos os acionistas".

Neste aspecto, King disse que a fusão oferecia uma "oportunidade única" para as duas empresas globais e com negócios complementares criarem um grupo líder mundial em aeronáutica, defesa e segurança.

Segundo a legislação britânica, as duas empresas deviam confirmar até hoje se seguiam adiante com o processo de fusão, que desde o início não foi totalmente aceita pelos governos da França e Alemanha. 

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