São Paulo – No meio do ano, o Bradesco anunciou a redução da meta de crescimento de sua carteira de crédito, para 2012, de 18% a 22% para 14% a 18%. A dúvida, agora, é saber se o banco vai conseguir cumprir pelo menos o mínimo do estimado.  Isso porque, até setembro, o Bradesco aumentou em 25 bilhões de reais a sua carteira e para atingir o guidance, teria que acrescentar pelo menos mais 22 bilhões de reais até dezembro, ou seja,  quase a mesma quantia que o acumulado nos nove primeiro meses do ano.

Segundo Luiz Carlos Angelotti, diretor executivo da instituição financeira, existe uma grande expectativa do banco com relação ao último trimestre do ano no que se refere a crédito. “Não vamos diminuir nossa expectativa de crescimento para o ano, acreditamos, sim, que vamos conseguir atingir a meta estipulada no seu menor nível, 14%”, afirmou o executivo, em teleconferência com a imprensa, nesta segunda-feira.

Até setembro, a carteira de crédito expandida do Bradesco somou 371,674 bilhões de reais, alta de 11,8% na comparação com o mesmo período de 2011. O crescimento do crédito para jurídica foi maior em relação aos financiamentos liberados para pessoa física.

No período, tanto para grande quanto micro e pequenas empresas, a carteira evoluiu 13,3%; pessoa física cresceu 8,7%, entre janeiro e setembro “Mesmo assim, temos alguns produtos, como crédito para veículo e financiamento imobiliário, que vêm registrando um bom crescimento”, disse Angelotti.

Inadimplência

O Bradesco encerrou o terceiro trimestre do ano com a inadimplência menor em relação ao trimestre anterior. O índice caiu 0,1%, chegando a 4,1% para pagamentos vencidos há mais de 90 dias. “Esperamos fechar o ano em um patamar aproximado ao que começamos, ou seja, perto de 3,9%”, disse o executivo Um ano antes, a inadimplência do Bradesco era de 3,8% no mesmo período.

O Bradesco registrou lucro líquido de 2,8 bilhões de reais no terceiro trimestre, quase 1% maior na comparação com o mesmo período do ano passado. Os ativos totais do banco somaram 856,2 bilhões de reais, crescimento de mais de 18% na comparação com o ano anterior.

O lucro do Bradesco somado entre janeiro e setembro foi o quarto maior da história entre as instituições financeiras, segundo dados da Economática. No período, o banco registrou ganhos de 8,4 bilhões de reais. O maior lucro para o mesmo período do setor, no entanto, foi registrado pelo Itaú Unibanco, no ano passado, com 10,9 bilhões de reais.