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Dono da Astra Oil é ligado a área de energia no Brasil

Operações de empresas da área de energia ligadas Albert Frère espalham-se por 12 estados brasileiros e renderam, só em 2013, lucros próximos de R$ 1,73 bilhão.

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de março de 2014 às 10h21.

São Paulo - A venda da refinaria de Pasadena à Petrobras foi comemorada pela Astra Oil, do barão belga Albert Frère, como "um triunfo financeiro acima de qualquer expectativa razoável". O grande negócio, no entanto, não foi a única aposta lucrativa do magnata de 87 anos em relação ao Brasil. Operações de empresas da área de energia ligadas ao homem que "na Bélgica, manda mais que o rei", segundo um dito popular do país, espalham-se por 12 Estados brasileiros e renderam, só em 2013, lucros próximos de R$ 1,73 bilhão.

O coração da rede ligada ao bilionário no Brasil é sua participação na gigante GDF-Suez. Frère detém 5,3% da empresa de energia, em sociedade com o governo da França - o Estado francês tem 35,9%. A GDF-Suez participa da construção da usina de Jirau, em Rondônia, em consórcio com Mitsui & Co. e Eletrobrás e conta com financiamentos da ordem de R$ 9,5 bilhões do BNDES. A GDF-Suez, por sua vez, detém 68,7% da Tractebel Energia, maior geradora privada de eletricidade do Brasil, que opera em dez Estados e controla nove hidrelétricas, quatro termelétricas, dez usinas complementares e está construindo outras duas eólicas.

Outro ramo de atuação ligado a Frère é a exploração do pré-sal. A petrolífera Total, na qual o barão tem 4% de participação acionária por meio do grupo Bruxelles Lambert (GBL), conquistou no ano passado o direito de explorar o campo de Libra, em consórcio com Petrobras, Shell e as chinesas CNPC e CNOOC. A fatia da Total é de 20% do bloco. A companhia já explora, também, o poço de Xerelete, na Bacia de Campos.

A Iberdrola, empresa espanhola de energia na qual Albert Frère detém participação acionária de 0,6%, também atua no Brasil. Conforme noticiou a Agência Estado, a empresa pretende investir a maior parte de 9,6 bilhões (mais de R$ 29 bilhões) líquidos nos próximos três anos no Brasil, Reino Unido, México e Estados Unidos, enquanto a Espanha ficará com 15% do total. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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