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Dona da Sadia e Perdigão pode subir os preços novamente

A BRF, dona de marcas como Sadia e Perdigão, avalia se vai subir novamente os preços de seus produtos aos consumidores, após reajuste de 3,5%


	BRF: além de já ter subido os preços no terceiro trimestre, a empresa também pediu desconto a fornecedores
 (Germano Lüders/EXAME)

BRF: além de já ter subido os preços no terceiro trimestre, a empresa também pediu desconto a fornecedores (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2016 às 11h14.

São Paulo - A multinacional brasileira de alimentos BRF vai avaliar necessidade de novo aumento de preços no Brasil este ano, após fazer no terceiro trimestre um reajuste médio de cerca de 3,5 por cento, disse o diretor financeiro da companhia, Alexandre Borges, a jornalistas nesta segunda-feira.

Além do reajuste dos preços aos consumidores, a companhia comunicou recentemente a fornecedores que quer um desconto de 5 por cento na maior parte de suas compras no Brasil a partir dos três últimos meses deste ano.

"É parte de um momento de tentar fazer frente a desafios da conjutura do Brasil, da indústria (...) É parte do esforço de tentar buscar recuperar rentabilidade, contando com a parceria histórica que temos com nossos fornecedores", disse Borges.

O presidente-executivo da BRF, Pedro Faria, disse que por trás dessa decisão está um trabalho nos últimos três anos de aproximação muito grande com os fornecedores da companhia. Segundo ele, os 5 por cento são um convite ao diálogo com fornecedores e que eles estão entendendo o momento da companhia e "nos apoiando muito fortemente".

Para o presidente do Conselho de Administração da BRF, Abilio Diniz, contudo, é inegável que o Brasil vive um novo momento, com sinais claros de retomada da economia, embora ainda persistam algumas dificuldades.

"As dificuldades não desaparecem da noite para o dia (...) Há sinais claros de retomada da economia. Devemos crescer em 2017 e se espera que 2018 que o Brasil tenha grande retomada”, disse Diniz.

IPO de unidade

Borges não descartou o IPO da unidade Sadia Halal, mas afirmou que esta é uma das alternativas que a companhia está avaliando para o negócio, visto como estratégico para acelerar o crescimento da empresa no mercado muçulmano.

"Não temos nenhuma decisão (...) o IPO é uma potencial alternativa do que a gente esta considerando, versus outras alternativas também, sempre considerando qual o melhor caminho de crescer e fortalecer esse negócio", disse o executivo a jornalistas.

A BRF anunciou a criação da Sadia Halal no final de junho, com foco em ativos ligados à produção e venda de alimentos para mercados muçulmanos. Quase um mês depois, a empresa afirmou que manteve contato com instituições financeiras e assessores para avaliar oportunidades para a unidade, que incluem captação privada.

*Atualizada às 10h14

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