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Disputa de herdeiros da Biolab ganha mais um capítulo

Um dos maiores imbróglios empresariais do país pode avançar depois de decisão judicial confirmar a exclusão de Fernando de Castro Marques da sociedade


	Dante Alário, Paulo e Cleiton de Castro Marques (da esq. para a dir.): desavenças com o irmão
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Dante Alário, Paulo e Cleiton de Castro Marques (da esq. para a dir.): desavenças com o irmão (Germano Lüders/EXAME.com)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 25 de junho de 2014 às 17h09.

São Paulo – O imbróglio entre os herdeiros dos grupos farmacêuticos União Química e Biolab ganhou um novo capítulo, segundo informações de Veja.

Fernando Castro Marques não conseguiu anular a decisão da assembleia de acionistas da Biolab, em 2012, que havia o excluído da sociedade por justa causa.

Na semana passada, o juiz Guilherme Dezem, da 44ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo julgou improcedente a ação. Com a derrota, ele segue longe da empresa, mas ainda cabe recurso.

O fato de a União Química ter produzido o medicamento Revita Jr exatamente igual ao Revitam Junior, fabricado pela Biolab, foi o argumento usado pelos irmãos (e confirmado pelo juiz) para a exclusão de Fernando da empresa.

O desentendimento entre os irmãos Fernando, Cleiton e Paulo de Castro Marques sobre o comando das empresas começou depois da morte do pai, João de Castro Marques.

Desavenças e dinheiro

O empresário já era dono da União Química quando perguntou aos seis filhos quem gostaria de tocar seus negócios na área farmacêutica.

Fernando, o mais velho, demonstrou interesse e assumiu a companhia aos 19 anos. Seu irmão Cleiton ficou com a área administrativa e finanças e, Paulo, assumiu a área industrial.

Em 1997, a família criou a Biolab, empresa independente de estrutura parecida a da União Química. Até ai tudo bem, uma bela divisão entre irmãos de duas empresas bem sucedidas do pai.

Os problemas apareceram apenas quando o patriarca morreu, em 2008, e veio à tona a ideia de unificar as companhias.

Além de não chegarem a um acordo sobre os cargos e poder de decisão de cada irmão em cada empresa, os três também discordavam sobre a participação de cada um.

Hoje, Fernando controla 62% da União Química e 27,5% na Biolab, controlada pelos irmãos Cleiton e Paulo.

Mas ainda não foi possível chegar a um acordo sobre o valor das companhias para que, assim, os herdeiros possam fechar negócios e cortar os laços de vez. 

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