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Diretor da LaMia presta depoimento após ser acusado de homicídio

Um dos promotores que investiga a tragédia com o avião da LaMia disse que o executivo foi acusado por "homicídio culposo, lesões graves e gravíssimas"

Tragédia: o avião da LaMia, que levava a Chapecoense a Medellín , caiu no dia 28 de novembro a poucos metros do aeroporto (Reuters/Reuters)
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EFE

Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 15h49.

La Paz - O diretor-geral da companhia aérea boliviana LaMia, Gustavo Vargas Gamboa, prestou depoimento nesta quinta-feira um juiz depois de ter sido acusado por diversos crimes, incluindo um homicídio culposo pela tragédia do avião da empresa que levava a Chapecoense até a Colômbia para a disputa da primeira partida da decisão da Copa Sul-Americana.

A audiência é realizada em Santa Cruz, onde a companhia aérea boliviana tem sede. Vargas Gamboa estava até ontem sob custódia policial em um hospital da cidade. Ele foi internado para passar por uma avaliação após ter sido preso na terça-feira.

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Um dos promotores que investiga o caso da tragédia com o avião da LaMia, Ivan Quintanilla, disse à imprensa que o executivo foi acusado por "homicídio culposo, lesões graves e gravíssimas, além de desastre em via aérea".

Também são investigados o sócio de Vargas, o ex-militar Marco Antonio Rocha, e a funcionária do órgão de controle de voos boliviano Celia Casteno, que questionou o plano de voo do avião da LaMia antes da decolagem.

O avião da LaMia, que levava a Chapecoense a Medellín , caiu no dia 28 de novembro a poucos metros do aeroporto. A tragédia provocou a morte de 71 das 77 pessoas que estavam a bordo.

Promotores de Bolívia, Brasil e Colômbia se reuniram ontem, em Santa Cruz, para trocar informações e analisar os próximos passos nas investigações. Além disso, eles formarão uma comissão para trabalhar em conjunto e esclarecer o que ocorreu.

O Ministério Público da Bolívia também confiscou dois aviões da LaMia que estavam desde 2014 em um hangar militar no centro do país.

À margem da tragédia, a Promotoria da Bolívia também investiga as autorizações de funcionamento da LaMia. Hoje, vários escritórios da Direção-Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) foram alvo de operações de busca e apreensão", informou o procurador-geral, Ramiro Guerrero.

Na manhã de hoje, o ex-diretor do DGAC e filho do diretor da LaMia, Gustavo Vargas Villegas, foi preso delas autoridades.

Vargas Villegas é investigado pelos crimes de "uso indevido de influências, negociações incompatíveis com o exercício de funções públicas e descumprimento de deveres".

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