O governo americano deve orientar cerca de dez dos 19 bancos a reforçar seu capital, segundo pessoas familiarizadas com o assunto ouvidas pelo Wall Street Journal (WSJ). As instituições estão sob o teste de “estresse” anunciado pelo Tesouro Nacional e pelo Fed (banco central americano) em fevereiro. Toda instituição que possui mais de 100 bilhões de dólares em ativos foi obrigada a fazer parte dos testes conduzidos pelo Fed. O mercado cogita que, entre os que podem ter seu capital elevado, estão o Wells Fargo & Co, Bank of America, Citigroup e outros bancos regionais.

O processo de análise provocou insegurança entre os investidores que temiam o encerramento ou a nacionalização desses bancos. Porém, o presidente do Fed, Ben Bernanke, e o Secretério do Tesouro, Timothy Geither, garantiram que nenhum dos bancos iria à falência e todos teriam acesso aos fundos governamentais.

No momento, a situação de desconfiança está bem mais branda, provocando até a alta das ações de alguns dos bancos submetidos às análises. As ações do banco São Francisco saltaram de 24%, equivalente a 4,64 dólares, para 24,25 dólares. Os papéis do Citigroup subiram 7,7%, na última segunda-feira (4/5), enquanto os do Bank of America aumentavam 19%.

Diante da reação positiva do mercado em relação ao plano do governo, o presidente do banco JP Morgan, James Dimon está otimista. “O sistema bancário está pronto para lidar com uma enorme quantidade de oscilações e sair ileso”.

Segundo o WSJ, o Wells Fargo está entre os mais necessitados, mas as fontes ouvidas disseram que as medidas que devem ser tomadas a fim de recuperar a instituição não estão claras. Já o JP Morgan tem o objetivo de reembolsar os 25 bilhões de dólares que recebeu do governo no ano passado.

O Fed prevê a liberação dos resultados dos testes na quinta-feira (7/5) após o fechamento da bolsa de valores.