Negócios

Depois do Playcenter, a nova aposta milionária da Cacau Show: calçados infantis

Rede de chocolates se juntou à empresa de calçados para vender 100.000 calçados da Cacau Show

Calçados da Cacau Show: perspectiva é de vender 100.000 pares  (Pampili/Divulgação)

Calçados da Cacau Show: perspectiva é de vender 100.000 pares (Pampili/Divulgação)

Daniel Giussani
Daniel Giussani

Repórter de Negócios

Publicado em 27 de julho de 2024 às 08h01.

Promessa dada, promessa cumprida. Há pouco mais de um mês, durante o evento de inauguração do primeiro Playcenter sob responsabilidade da Cacau Show, o CEO e fundador da companhia, Alexandre Costa, disse que, nos planos futuros do grupo, estava a abertura de 100 parques de diversão e a entrada no setor de calçados.

Os parques devem demorar um pouco mais, mas os calçados já estarão nos pés da garotada em setembro.

A Cacau Show irá lançar uma linha de calçados em parceria com a Pampili, empresa que fabrica calçados infantis, especialmente para meninas, desde 1987. O objetivo é vender 100.000 pares de calçados, cada um entre 160 e 230 reais. Ou seja, um projeto que deve gerar uma receita de, pelo menos, 16 milhões de reais.

A rede de chocolates usará seus personagens, conhecidos como “Chocomonstros” para estampar os calçados das garotas. Haverá produtos para recém-nascidos até pré-adolescentes, entre 12 e 13 anos. 

"O co-branding é uma estratégia que se consolida cada vez mais como uma forte alavanca de negócios”, diz Alê. “A expectativa é que a união com a Pampili represente um crescimento significativo nas vendas da marca no ciclo de lançamento”.

Será o primeiro licenciamento da Cacau Show. 

Quer dicas para decolar o seu negócio? Receba informações exclusivas de empreendedorismo diretamente no seu WhatsApp. Participe já do canal Exame Empreenda

Como foi o processo para o lançamento dos calçados

Na estrutura da Pampili, uma empresa de 37 anos do interior de São Paulo com um faturamento na casa dos 200 milhões de reais, há uma área que procura por marcas parceiras que possam virar calçados. 

Numa dessas pesquisas, perguntaram às consumidoras quais eram suas marcas mais queridas. E em primeiro lugar, ficou a Cacau Show. Foi quando começou a aproximação entre a empresa de calçado e a rede de chocolate.

“É um processo que vem sendo feito, quando a gente faz um trabalho forte de pesquisa com as clientes, para saber as marcas que mais inspiram, que elas curtem”, diz Maria Colli, fundadora da Pampili. “E a Cacau Show apareceu em primeiro lugar. Isso chamou muito atenção. Foi importante para termos procurado eles”. 

Nessas conversas, saiu a ideia de criar calçados femininos com o Chocomonstros, os personagens que ilustram os produtos infantis da Cacau Show.

“A marca Chocomonstros é muito forte, que já trabalhamos em datas comemorativas, no Natal, na Páscoa, e com itens no dia a dia de consumo”, diz Lilian Rodrigues, diretora de marketing da Cacau Show. “ Temos eles em nossa hiper-store, na nossa montanha russa, em campanhas. Então são personagens muito fortes e agora estarão nos calçados”. 

Na negociação, a Cacau Show vai comercializar a licença de uso e tirar uma porcentagem das vendas. O valor arrecadado será todo destinado ao Instituto Cacau Show, para projetos sociais. Os tênis serão vendidos nos cerca de 4.000 pontos de venda que a Pampili têm acesso. Haverá também em algumas lojas da Cacau Show e na internet. 

“Estamos entrando em parques, focando em público jovem, então fez muito sentido ter essa conversa e olhar também para os calçados”, diz. “Quando veio a Pampili, fomos olhar a proposta de valor para marca. Dentro do Chocomonstros, já vendemos pantufas e mochilas e teve boa aceitação. Então, entendemos que poderíamos trabalhar também com calçados”.

Os calçados serão produzidos na fábrica da Pampili em Birigui. Por ali, são 1.600 funcionários produzindo para 40 países. 

Acompanhe tudo sobre:Cacau ShowCalçados

Mais de Negócios

Jumbo Eletro: o que aconteceu com o primeiro hipermercado do Brasil

Esta empresa fatura R$ 150 milhões combatendo a inflação médica no Brasil

Equity: a moeda da Nova Economia e o segredo do sucesso empresarial

A 'pandemia' de ansiedade movimenta este negócio milionário de chás e rituais para relaxar